O pai de uma vítima de covid-19 que recolocou crucifixos derrubados por um homem na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio, prestou um depoimento emocionante no programa "Encontro com Fátima Bernardes" nesta segunda-feira.
O taxista Marcio Antonio do Nascimento Silva, de 56 anos, chamou a atenção durante o fim de semana, quando interveio para manter uma ação da ONG Rio de Paz, que fincou cruzes na areia para lembrar os mortos pela Covid-19. Um homem derrubou a homenagem, alegando que a praia é espaço público.
Marcio perdeu o filho de 25 anos para a doença. "Receber a notícia que seu filho fez a passagem dele, por mais que você seja espiritualizado, dói muito", disse. O taxista, que é kardecista, falou da dor que atravessa. "Ainda perguntarem se você vai querer reconhecer (o corpo) ou não... Dói muito. Ter que reconhecer o seu filho que 15 dias atrás estava te abraçando. Ou não estava, porque já mantínhamos a distância social, mas um tempo atrás. Um garoto que estava dançando, maravilhoso", emocionou-se.
Hugo foi descrito pelo pai como alguém que "todo mundo amava muito". "Cheio de amigos, de amizades. Ele não é um número. Ele era importante por muita gente. Era meu filho, era pai, era amigo", ressaltou.
O taxista criticou a preocupação com a retomada das atividades econômicas. "Ele trabalhava, produzia, consumia. A vida é mais importante. Respeito é muito importante nesse momento, nessa loucura. Não estamos vivendo uma crise política, mas sim uma crise de valores", concluiu.
Hugo foi descrito pelo pai como alguém que "todo mundo amava muito". "Cheio de amigos, de amizades. Ele não é um número. Ele era importante por muita gente. Era meu filho, era pai, era amigo", ressaltou.
O taxista criticou a preocupação com a retomada das atividades econômicas. "Ele trabalhava, produzia, consumia. A vida é mais importante. Respeito é muito importante nesse momento, nessa loucura. Não estamos vivendo uma crise política, mas sim uma crise de valores", concluiu.