"Luto para fazer a minha parte, mas não posso assistir calado enquanto direitos são violados e ideias são perseguidas", escreveu o presidente, nas redes sociais. "Por isso, tomarei todas as medidas legais possíveis para proteger a Constituição e a liberdade dos brasileiros".
O presidente havia orientado pessoas próximas a evitar manifestações públicas sobre a Operação Lume da Polícia Federal, que investiga seus aliados no âmbito do inquérito sobre os atos antidemocráticos. A pedido da Procuradoria-Geral da República, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a quebra de sigilo bancário de 10 deputados federais e um senador bolsonaristas. Moraes também é relator do inquérito das fake news.- Luto para fazer a minha parte, mas não posso assistir calado enquanto direitos são violados e ideias são perseguidas. Por isso, tomarei todas as medidas legais possíveis para proteger a Constituição e a liberdade do dos brasileiros.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 17, 2020
BRASIL ACIMA DE TUDO; DEUS ACIMA DE TODOS!
Bolsonaro decidiu romper o silêncio, no entanto, após ser muito cobrado nas redes sociais.
Sempre argumentando que quer, acima de tudo, preservar a democracia, Bolsonaro mencionou "abusos" que teriam sido cometidos contra o governo.
Bolsonaro disse que não houve por parte do governo, até agora, nenhuma medida que demonstrasse apreço ao autoritarismo. Ele observou que, em janeiro do ano passado, após colocar "fim ao ciclo PT-PSDB", seu governo iniciou uma "escalada" rumo a liberdade, trabalhando por "reformas necessárias" e se distanciando de "ditaduras comunistas".- Queremos, acima de tudo, preservar a nossa democracia. E fingir naturalidade diante de tudo que está acontecendo só contribuiria para a sua completa destruição. Nada é mais autoritário do que atentar contra a liberdade de seu próprio povo.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 17, 2020
"Vale lembrar que há décadas o conservadorismo foi abolido de nossa política, e as pessoas que se identificam com esses valores viviam sob governos socialistas que entregaram o país à violência e à corrupção, feriram nossa democracia e destruíram nossa identidade nacional", escreveu. "Suportamos a todos esses abusos sem desrespeitar nenhuma regra democrática, até mesmo quando um militante de esquerda, ex-membro de um partido da oposição, tentou me assassinar para impedir nossa vitória nas eleições, num atentado que foi assistido pelo mundo inteiro".
- Do mesmo modo, os abusos presenciados por todos nas últimas semanas foram recebidos pelo governo com a mesma cautela de sempre, cobrando, com o simples poder da palavra, o respeito e a harmonia entre os poderes. Essa tem sido nossa postura, mesmo diante de ataques concretos.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) June 17, 2020