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Pessoal do Samu sem salário

Na cidade do Rio, o Samu é gerido pelo governo do estado

Protesto pede pagamento
Protesto pede pagamento -

Profissionais de Saúde da Samu fizeram, ontem, um protesto contra o atraso de salários, em frente ao Palácio Guanabara, na Zona Sul, para cobrar providências ao governador Wilson Witzel (PSC). De acordo com os trabalhadores, os salários de maio não foram pagos e os de junho podem não sair. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou, através de nota, que, por decisão da Justiça, está impedida de fazer o repasse à OZZ-SAÚDE, responsável pelo serviço, que está passando por auditoria por "vício de finalidade em valores de serviços prestados, insumos e bancos de horas".

Empresa culpa o Estado

Em nota divulgada aos funcionários, na última sexta-feira, a OZZ Saúde Eireli informou que "por um gravíssimo erro de cálculo da Controladoria Geral do Estado (CGE) que ao realizar a auditoria comparou outro contrato da OZZ Saúde com o Estado de Santa Catarina usando como parâmetro apenas a população (que realmente é similar), sem levar em conta, principalmente, a quantidade de ambulâncias em operação".
O estado catarinense conta com uma operação parcial, de acordo com a empresa, possuindo apenas 33 ambulâncias, enquanto no Rio são 100 ambulâncias e 38 motolâncias. "Infelizmente, com base neste equívoco de cálculo, o Ministério Público (MPRJ) propôs uma ação civil pública contra o contrato atual. Com apoio nas precipitadas conclusões da CGE, a Exma. Juíza Regina Lúcia Chuquer de Almeida Costa de Castro Lima concedeu medida liminar, ordenando à Secretaria de Estado de Saúde que não realize qualquer novo pagamento à OZZ, obrigando ainda a manter a prestação dos serviços causando enorme transtorno a operação do SAMU", dizia a nota.
Ainda segundo a OZZ Saúde Eireli, a empresa já está há 3 meses prestando os serviços e recebeu apenas por um mês do contrato, suportando todos os custos da operação neste período. "Atualmente a dívida da SES é de aproximadamente R$ 51 milhões. Este fato, inevitavelmente, acarretará em não cumprimento do pagamento dos salários e honorários de aproximadamente 1.400 profissionais do SAMU, além do não pagamento dos fornecedores de insumos, combustível, fornecimento e manutenção dos veículos". 
Protesto pede pagamento Divulgação
Com salários atrasados, funcionários do SAMU fazem protesto em frente ao Palácio Guanabara Divulgação
Com salários atrasados, funcionários do SAMU fazem protesto em frente ao Palácio Guanabara Divulgação
Com salários atrasados, funcionários do SAMU fazem protesto em frente ao Palácio Guanabara Divulgação