Governador terá mais tempo para se defender

A Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que analisa o pedido de impeachment contra o governador Wilson Witzel (PSC) decidiu suspender o prazo de 10 sessões da defesa contra o processo, que começaria a ser contado na sessão de ontem. A proposta, feita pelo relator Rodrigo Bacellar (Solidariedade), teve 24 votos do total de 25 integrantes da comissão, com a ausência de Marcos Abrahão (Avante).

A comissão conta com um deputado de cada partido com representação na Alerj. Durante a reunião, os parlamentares decidiram esperar a íntegra dos inquéritos das Operações Favorito e Placebo, que apuram irregularidades na compra de equipamentos para a Saúde do Rio durante a pandemia.

A decisão foi tomada um dia após a defesa do governador entrar com pedido de suspensão do impeachment, alegando que o rito na Alerj carece de definição. Segundo os advogados Ana Tereza Basílio e Manoel Peixinho, que defendem Witzel, não há documentos que comprovem os fatos descritos na denúncia.

Feito por Luiz Paulo e Lucinha, ambos do PSDB, o pedido que pode terminar em impeachment acusa Wilson Witzel de crime de responsabilidade na secretaria estadual de Saúde. Há indícios de superfaturamento na compra de respiradores para o combate ao coronavírus e suspeitas de irregularidades nos contratos para a construção dos hospitais de campanha.