Pancadaria com dias contados?
Defensorias querem saber como os policiais atuam durante protestos
Por Meia Hora
Publicado em 18/06/2020 00:00:00 Atualizado em 18/06/2020 00:00:00As Defensorias Públicas do Rio e da União enviaram, na última segunda-feira, documento com recomendações às polícias Civil e Militar para que adotem medidas que evitem confrontos e violações em manifestações. O relatório prevê que os comandos passem a encaminhar às Defensorias, em até 48 horas após o fim de cada ato público, informações detalhadas sobre a ação policial nos eventos.
O relatório deverá conter dados como o emprego de armas e munições letais e não-letais; o trajeto das viaturas; detenções e apreensões; justificativa e os meios usados na dispersão de manifestantes; razão para cada revista; e comunicação sobre presença de agentes infiltrados entre os manifestantes.
O objetivo é prevenir discriminação nos protestos antirracistas ou exercidos majoritariamente por pessoas negras. "É urgente apurar o policiamento desproporcional e o emprego desnecessário da força nos protestos antirracistas", afirma Lívia Casseres, do Núcleo Contra a Desigualdade Racial da Defensoria do Rio.