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Protesto e promessa de salários

Profissionais contratados pela RioSaúde cobram e empresa garante que vai pagar atrasados

A técnica de enfermagem Alana de Araújo, de 22 anos, foi contratada pela OS RioSaúde em maio para integrar a equipe do Hospital Municipal Rocha Faria, em Campo Grande. Recém-formada, a moradora de Mesquita levava quase duas horas para chegar à unidade, onde atendia cerca de oito pacientes de Covid-19 a cada plantão de 12 horas. Foram quase dois meses de dedicação na linha de frente de enfrentamento da pandemia, e até agora ela não recebeu nenhum pagamento pelo período trabalhado.

"Estou com contas atrasadas, sem conseguir arcar com meus compromissos. Tive que pedir dinheiro emprestado para a minha mãe e meu namorado para trabalhar. É um descaso sem fim por parte dessa empresa. Nos colocamos na linha de frente de combate a esse vírus e somos tratados com esse descaso", reclama a técnica, que participou, ontem, de uma manifestação na porta da sede da empresa em busca de uma resposta sobre o seu salário.

Além dela, outros 15 profissionais contratados em regime de pagamento autônomo (RPA) foram ao local para cobrar seus pagamentos. Segundo eles, a RioSaúde vem prometendo os salários atrasados desde maio, mas o depósito nunca aconteceu. O protesto marcou a terceira data marcada para o pagamento e que a OS não cumpriu seu compromisso.

Enquanto a reportagem acompanhava o protesto, representantes da empresa atenderam os manifestantes e prometeram o pagamento. "Os valores referentes aos RPAs estarão nas contas dos profissionais ao fim do prazo de compensação bancária, no início da semana que vem".