Fabrício Queiroz, policial militar aposentado e ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro, deixou o Complexo Penitenciário de Bangu por volta das 20h30 da noite de ontem. Ele irá para a Taquara, na Zona Oeste do Rio, onde cumprirá prisão domiciliar.
Queiroz está preso preventivamente desde o dia 18 de junho após investigação do Ministério Público que apura o esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro, no período em que ele atuou como deputado estadual no Rio. A rachadinha se configura na divisão do salário de funcionários contratados para trabalhar no gabinete. Alguns eram fantasmas, ou seja, nunca chegaram a trabalhar no local.
Atendendo a um pedido da defesa, na quinta-feira, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio Noronha, concedeu o benefício da prisão em casa, com uso da tornozeleira eletrônica.
O benefício foi estendido à mulher de Queiroz, Márcia Aguiar, que está foragida. A concessão do benefício a um foragido causou espanto a alguns juristas, já que, apesar de não ser ilegal, não é algo comum.
Noronha, ao atender o pedido, concordou que Queiroz corre risco com a pandemia do novo coronavírus na prisão, por ser do grupo de risco. De acordo com o Ministério Público, Queiroz teria recebido quase R$ 2 milhões com o repasse de 11 funcionários do gabinete de Flávio Bolsonaro.