Geral

À espera de clientes

Motéis se adaptam ao novo normal para a flexibilização da quarentena

Por MH

Publicado em 05/07/2020 00:00:00 Atualizado em 05/07/2020 00:00:00
Funcionários de hotéis redobram os cuidados com a limpeza em épocas de pandemia do novo coronavírus

Depois de praticamente três meses "na seca", empresários cariocas começam a ver luz no fim do túnel. É que com a flexibilização da quarentena, donos de motéis e casas de entretenimento adulto da cidade reacendem a esperança de reconquistar a tão animada clientela.

As sex shops on-line, por exemplo, fizeram a festa durante o isolamento social, garantindo o controle emocional de quem não tinha um par fixo para se aconchegar em casa. Agora, com a reabertura dos estabelecimentos, vão ter que rebolar para manter o ritmo de vendas. No Nosso Hotel, na Avenida Niemeyer, o número de entradas já teve um pequeno aumento nesta semana, mas nada comparado aos velhos tempos.

"Em 2018, nós tínhamos cerca de 80 entradas por dia. Mas o fechamento da Niemeyer por quase um ano nos prejudicou. E quando começamos a recuperar, veio a pandemia. No momento, estamos com cerca de 20 entradas por dia", afirmou Márcia Costa, de 56 anos, dona do estabelecimento.

O motel não fechou em nenhum momento da pandemia. Contudo, tomou precauções. Metade dos funcionários, que são do grupo de risco, está em casa. A limpeza dos quartos também foi reforçada. "Estamos usando produtos ainda mais fortes para a limpeza. Estamos aprendendo a conviver com essa nova realidade", completou Márcia.

E para tentar amenizar a recessão, economia se tornou a palavra-chave. "Antes, eu comprava os produtos por meio de fornecedor. Agora, eu mesma estou indo ao mercado. Sou teimosa, não quero dar o braço a torcer para essa crise", destacou a empresária.