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'Eu sei que economia se recupera e saúde não; mas tem de fazer conta', afirma Bolsonaro

Ao lado de Pazuello, presidente volta a insistir no uso da cloroquina para covid-19

Palavras do Presidente da República, Jair Bolsonaro
Palavras do Presidente da República, Jair Bolsonaro -
O presidente Jair Bolsonaro comentou, em transmissão ao vivo em sua conta no Facebook, sobre os dados de emprego divulgados nesta quinta-feira, 6, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostraram perda recorde de 8,876 milhões de pessoas ocupadas no mercado de trabalho entre abril e junho, em plena pandemia do novo coronavírus. "Eu sei que economia se recupera e saúde, não. Mas tem de fazer a conta", disse.
Ao lado do ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, o presidente voltou a fazer propaganda sobre o uso da hidroxicloroquina para o tratamento da covid-19. "Quem não quer tomar cloroquina, não tente proibir, impedir quem queira tomar, afinal de contas, ainda não temos uma vacina e não temos um remédio comprovado cientificamente", disse. Não há comprovação científica sobre o uso do medicamento no caso do novo coronavírus.
"Muitas doenças estariam sem cura se o médico não tivesse a liberdade de trabalhar fora da bula", afirmou Bolsonaro. Na sequência, o presidente emendou: "A negação de um medicamento a quem está doente não pode ser de um prefeito ou governador. Quem decide é o médico". Pazuello respondeu: "Exatamente".

Mais uma vez, o presidente atacou prefeitos e governadores que adotaram medidas de restrição de circulação por período prolongado como forma de diminuir o contágio por covid-19. Ele fez referência ao Rio Grande do Sul, afirmando que a doença está se propagando de forma mais acelerada no Estado. "Ficou fechado por quatro meses e arrebentou a economia do Rio Grande do Sul. Vai ficar mais quatro meses agora?", questionou.

Ele também aludiu ao seu adversário no segundo turno da eleição presidencial de 2018, o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT): "Aquele outro cara, se tivesse ganho, apoiaria a medida do fecha-tudo?".