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Confira dicas para ajudar a readaptação dos pets na retomada de rotina dos tutores

Com a saída gradual do isolamento social, tutores precisam readaptar a rotina dos cachorros e gatos para que os bichinhos reaprendam a ficar sozinhos

Readaptação dos pets com a retomada da rotina dos tutores
Readaptação dos pets com a retomada da rotina dos tutores -
Com a retomada gradual dos serviços e comércio, muitos tutores estão tendo que voltar a trabalhar presencialmente nos locais. Com isso, toda a rotina de 24 horas de convivência com os pets, voltara ao velho normal de antes do isolamento social. Mas, como será que os bichinhos irão sentir essa diferença de tempo com seus "pais" humanos? Como fazer para que não haja tanto sofrimento nessa mudança?
Para responder a essas perguntas, conversamos com a veterinária da DogHero, Thais Matos, que, além de explicar como fazer essa readaptação na rotina, ainda conta como identificar se seu bichinho está apresentando algum tipo de dependência emocional. Confira: 
Como adaptar o pet para quando o tutor começar a sair de casa para os compromissos?

Devemos condicioná-los a serem independentes, mesmo com a nossa presença. Não mimá-lo demais enquanto está em casa é o primeiro passo. Manter a rotina de passeios e, se possível, usar o enriquecimento ambiental como método de deixá-lo entretido mesmo com o tutor em casa. Ensinar o pet a ficar em um ambiente com brinquedos e peças de roupa do tutor (para que ele se sinta confortável) é uma boa maneira de mostrar a ele que está tudo bem e que ele está seguro. Mesmo com o tutor em casa, o pet não precisa ficar com o tutor todo o tempo.

Quando precisar sair, não deve se despedir de forma triste, ou demonstrar que é um momento de partida, pois os pets entendem isso como uma coisa ruim e não é o que queremos, esperamos que eles fiquem bem durante nossa ausência.

E ao retornar, o ideal é não fazer festa, esperar o pet se acalmar para então dar atenção a ele, essa é uma técnica utilizada para reforçar ao pet que a chegada do tutor não é uma comemoração e sim algo comum, e que ele não precisa se desesperar ao ver o tutor chegar ou sair, pois vai ficar tudo bem.

É importante que o tutor consiga lidar com essas questões, pois esse comportamento de dependência não nasce com o cão, ele é desenvolvido conforme a criação e convivência com o tutor. Não é algo que será resolvido de maneira rápida, é preciso paciência e muito esforço para que o pet se torne menos dependente e não sofra com isso. Entendendo que ignorar o pet por um tempo não fará com que ele goste menos de você, mas sim fará com que ele seja menos dependente e sofra menos quando não estiver por perto.

Quais são os sinais que o pet dá de dependência emocional?

Quando o pet está com dependência emocional relacionada ao tutor, ele irá demonstrar através de alguns sinais que podemos perceber no dia a dia. Por exemplo, observar se o pet está nos seguindo o tempo todo ou tentando chamar nossa atenção quando não estamos focando neles, choro ou uivos quando está em um cômodo separado do tutor e não pode entrar, entre outros.

Devemos salientar que não se deve tratar a dependência do pet em relação ao tutor como um sinal de amor, pois se trata, na verdade, de um transtorno que pode se tornar depressão, estresse e/ou a síndrome que chamamos de ansiedade de separação. Todos esses sintomas podem acarretar em problemas de saúde física e mental ao pet, que deve ser acompanhado por um médico veterinário, a fim de manter o bem estar e saúde do nosso bichinho.

Como o tutor pode deixar a casa para o pet quando ele precisar sair?

A melhor alternativa é realizar um enriquecimento do ambiente para o pet se entreter. Para os cães, geralmente são utilizados brinquedos “recheáveis”, ou seja, é possível colocar um alimento que o cachorro gosta e ele ficará tentando “caçar” a comida. Você também pode produzir esse tipo de brinquedo em casa com uma garrafa pet. Basta tirar o rótulo, colocar o alimento dentro e fazer furinhos na embalagem.

Outra opção é deixar petiscos escondidos pela casa para estimular o instinto de caça do pet e distraí-lo nessa “caça ao tesouro”. Em dias quentes, os tutores podem congelar esses petiscos e/ou pedaços de frutas na forma de gelo, assim para que seu filhote lamba ou triture o gelo para saborear o alimento.

Para os gatos, os arranhadores são objetos geralmente indispensáveis. Existem no mercado diversos modelos e além de trazerem divertimento, causam bem-estar por desestressarem e possibilitarem que o animal consiga desgastar suas unhas. O uso de caixas de papelão como brinquedo são uma boa ideia na hora de improvisar em casa. Eles adoram se esconder e arranhá-las. Aproveitando a caixa também, você pode pendurar através de fios, algumas bolinhas dentro de uma caixa de papelão para que o gatinho entre e fique brincando com as bolinhas que estão penduradas.