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'Passistas são os artistas do Carnaval'

George Louzada, coordenador da ala de passistas da Mocidade e Unidos de Padre Miguel, valoriza o trabalho da ala de passistas nas escolas de samba
George Louzada, coordenador da ala de passistas da Mocidade e Unidos de Padre Miguel, valoriza o trabalho da ala de passistas nas escolas de samba -

Em entrevista para a coluna Espaço do Sambista, George Louzada, coordenador da ala de passistas da Mocidade e Unidos de Padre Miguel, valoriza o trabalho nas escolas de samba.

Quais são os desafios na coordenação de uma ala de passistas?

George Louzada: "É saber ministrar 80 pessoas com personalidades diferentes, pensamentos distintos e vidas completamente diferentes".

Existe muito assédio nas meninas? Se sim, como combater isso?

"Diariamente. A única forma de combater é fazer o 'folião' entender que ser passista é uma arte. Esse ou essa artista está ali para ser aplaudido e não assediado".

Para os meninos, existe o tal 'sambar que nem malandro'?

"Vem da tradição. Não podemos perder e nem apagar a história de quem lutou para estarmos desfrutando dos holofotes".

Existe preconceito com os homens passistas e de homens para entrarem na ala?

"Sim, existe preconceito. Eu mesmo já desempenho há anos um papel importante oralmente para desmistificar isso. Convido para conhecerem o projeto e vão ver o que é realmente ser um passista".

Qual é a melhor forma de valorizar uma ala de passistas? Gostaria que fosse quesito?

"A escola tem que dar suporte para a ala de passistas, de todas as formas. Não gostaria que fosse quesito, e sim obrigatoriedade. Para garantir o futuro da classe".