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Abertura e contágio

Pelo menos 4 escolas estaduais tiveram funcionários com Covid-19 em agosto

O corpo da diretora de escola municipal Katia Vieira foi enterrado na manhã de ontem, no cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio
O corpo da diretora de escola municipal Katia Vieira foi enterrado na manhã de ontem, no cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio -

Nos corredores de escolas, o contágio por Covid-19 passa de preocupação com o futuro para medo do presente. Levantamento realizado pelo Sindicato Estadual de Profissionais da Educação (Sepe) aponta que ao menos quatro escolas estaduais notificaram casos do novo coronavírus desde 3 de agosto, quando escolas reabriram para equipes gestoras e de limpeza. O dado preocupante soma-se à intensa mobilização de pais e profissionais da educação contrários ao retorno das atividades presenciais no Rio. O Sepe já registrou casos confirmados de Covid-19 nos colégios estaduais Infante Dom Henrique, em Copacabana; Machado de Assis e Luciano Preste, ambos em Niterói; e Rodolpho Siqueira, em São Gonçalo. Nesta semana, dois funcionários terceirizados da limpeza e uma orientadora pedagógica do Rodolpho Siqueira tiveram suspeita da doença. A orientadora foi confirmada com a doença na quinta-feira. A escola, contudo, não foi fechada. "Se em duas ou três semanas do retorno de funcionamento administrativo, estamos com uma funcionária confirmada com Covid-19 e duas pessoas com suspeita, imagina quando tiver a retomada das aulas presenciais. Os alunos também podem levar a Covid-19 para casa", lamenta um funcionário do Rodolpho Siqueira. Segundo ele, os profissionais da educação da unidade estão muito preocupados, já que cerca de 15 dos 40 professores pertencem a grupos de risco. Em Copacabana, uma funcionária terceirizada da limpeza testou positivo no dia 3 de agosto, primeiro dia de reabertura presencial, e assim que receberam a confirmação, a direção decidiu fechar a unidade para preservar a saúde dos funcionários.