A condição de distanciamento imposta aos cariocas que usam o metrô para se deslocar pela cidade só não piorou, com o aumento da lotação anunciada ontem pelo governo do estado, porque já estava longe do ideal desde o início das medidas restritivas por conta da pandemia. A situação, segundo passageiros, é recorrente e só esteve melhor durante os dois primeiros meses da quarentena, quando o número de setores ativos do comércio era mínimo.
O aumento da lotação foi autorizado por meio de decreto do governo, que ampliou a capacidade das lotações de 50% para 60% nos trens e metrôs. Os ônibus intermunicipais também tiveram o aumento de 10% na capacidade.
A reportagem do Meia Hora acompanhou uma viagem, no horário de pico, às 7h, da estação terminal Pavuna até a de São Cristóvão, e presenciou aglomerações no acesso às composições e também no interior dos carros. "A gente não tem o que fazer. Precisamos trabalhar e o transporte não é opcional", contou a técnica de informática Deyce Souza, de 26 anos, que trabalha em São Cristóvão e pega o transporte de segunda a sexta-feira.
Dentro do grupo de risco da covid-19, Maria Ignácia, de 65 anos, conta que é impossível manter distanciamento nos horários de pico. Sendo assim, ela se protege como pode no transporte: "Comprei essa máscara porque como sou mais baixa até a respiração das pessoas acima me deixa com receio. Não temos outra opção além de ir trabalhar, então a gente faz o que pode para se proteger", comentou.
A situação era diferente na estação de trem da Supervia, em Madureira, onde não havia nenhuma aglomeração no acesso às composições. O interior dos carros também estava abaixo dos 60% autorizados pelo estado.
Embora a percepção seja de metrô lotado, o MetrôRio garante que o transporte vem circulando bem abaixo da lotação proposta pelo governo. Segundo a concessionária, atualmente o número de usuários do modal está em 35% do público registrado antes da crise desencadeada pela disseminação do novo coronavírus.
Em nota, a empresa disse, ainda, que está perto de um colapso financeiro devido à redução de receita sofrida durante a quarentena. "A empresa enfrenta a maior crise financeira da sua história. Mais de 80 milhões de pessoas deixaram de circular no modal desde o dia 16 de março. Em média, são menos 18,6 milhões de embarques por mês. O prejuízo mensal gira em torno de R$ 35 milhões. O déficit acumulado já ultrapassa os R$ 200 milhões, até julho. A partir do mês de setembro, será necessário aporte externo de recursos para custear a operação", disse o MetrôRio.
Em julho, a Supervia também já havia acenado com uma possível paralisação dos serviços em setembro, devido a problemas financeiros causados pela pandemia.
Além dos trens e metrô, o aumento da lotação passou a valer para as linhas de ônibus intermunicipais. No caso dos coletivos de duas portas, está permitida a capacidade de 60%, com passageiros sentados e em pé, desde que respeitando o distanciamento mínimo de 1,5 metro. Já os coletivos de apenas uma porta, conhecidos como 'frescões', devem circular com a mesma capacidade, mas apenas com passageiros sentados.
O aumento da lotação foi autorizado por meio de decreto do governo, que ampliou a capacidade das lotações de 50% para 60% nos trens e metrôs. Os ônibus intermunicipais também tiveram o aumento de 10% na capacidade.
A reportagem do Meia Hora acompanhou uma viagem, no horário de pico, às 7h, da estação terminal Pavuna até a de São Cristóvão, e presenciou aglomerações no acesso às composições e também no interior dos carros. "A gente não tem o que fazer. Precisamos trabalhar e o transporte não é opcional", contou a técnica de informática Deyce Souza, de 26 anos, que trabalha em São Cristóvão e pega o transporte de segunda a sexta-feira.
Dentro do grupo de risco da covid-19, Maria Ignácia, de 65 anos, conta que é impossível manter distanciamento nos horários de pico. Sendo assim, ela se protege como pode no transporte: "Comprei essa máscara porque como sou mais baixa até a respiração das pessoas acima me deixa com receio. Não temos outra opção além de ir trabalhar, então a gente faz o que pode para se proteger", comentou.
A situação era diferente na estação de trem da Supervia, em Madureira, onde não havia nenhuma aglomeração no acesso às composições. O interior dos carros também estava abaixo dos 60% autorizados pelo estado.
Embora a percepção seja de metrô lotado, o MetrôRio garante que o transporte vem circulando bem abaixo da lotação proposta pelo governo. Segundo a concessionária, atualmente o número de usuários do modal está em 35% do público registrado antes da crise desencadeada pela disseminação do novo coronavírus.
Em nota, a empresa disse, ainda, que está perto de um colapso financeiro devido à redução de receita sofrida durante a quarentena. "A empresa enfrenta a maior crise financeira da sua história. Mais de 80 milhões de pessoas deixaram de circular no modal desde o dia 16 de março. Em média, são menos 18,6 milhões de embarques por mês. O prejuízo mensal gira em torno de R$ 35 milhões. O déficit acumulado já ultrapassa os R$ 200 milhões, até julho. A partir do mês de setembro, será necessário aporte externo de recursos para custear a operação", disse o MetrôRio.
Em julho, a Supervia também já havia acenado com uma possível paralisação dos serviços em setembro, devido a problemas financeiros causados pela pandemia.
Além dos trens e metrô, o aumento da lotação passou a valer para as linhas de ônibus intermunicipais. No caso dos coletivos de duas portas, está permitida a capacidade de 60%, com passageiros sentados e em pé, desde que respeitando o distanciamento mínimo de 1,5 metro. Já os coletivos de apenas uma porta, conhecidos como 'frescões', devem circular com a mesma capacidade, mas apenas com passageiros sentados.