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Médico na delegacia

Cirurgião chega de cadeira de rodas para depor

Por Meia Hora

Publicado em 04/08/2020 00:00:00 Atualizado em 04/08/2020 00:00:00
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Investigado pela morte da funkeira MC Atrevida, de complicações de um procedimento estético, o médico Wilson Ernesto Garlaza Jara prestou depoimento ontem, na 20ª DP (Vila Isabel), na Zona Norte do Rio.

Chegando e saindo em uma cadeira de rodas, o médico, que é equatoriano, não falou com a imprensa. De acordo com o advogado de defesa, Carlos Costa, o médico está debilitado por conta de um AVC, do qual está se recuperando — motivo de ter faltado ao primeiro depoimento, na semana passada.

"Eu comuniquei à polícia que ele não se encontra em condições psicológicas, não está lúcido, porque sofreu dois AVCs, três dias depois do procedimento. Mas o trouxemos para mostrar nossa boa vontade", argumentou Carlos. "Ele pouco pôde acrescentar sobre o episódio envolvendo a Fernanda (a MC Atrevida), disse apenas que não se lembra de ter acontecido nenhum evento problemático no procedimento", completou.

Ao delegado titular, André Neves, o médico disse ter realizado mais de 4.600 procedimentos similares. "Estamos aguardando resposta oficial do Conselho Regional de Medicina e vamos colher outros depoimentos. Se ficar constatado que ele não tinha expertise para realizar um procedimento cirúrgico, a investigação pode ir por essa linha de não só um erro médico, como a imputação de um fato delituoso", pontuou o delegado.

Fernanda Rodrigues, de 43 anos, a MC Atrevida, morreu no último dia 27 após realizar hidro lipoaspiração e enxerto nos glúteos na clínica Rainha das Plásticas, em Vila Isabel.

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