Geral

Sem consenso para retornar

Prefeitura recorre na Justiça e estabelecimentos cogitam demitir

Por Marina Cardoso

Publicado em 08/08/2020 00:00:00 Atualizado em 08/08/2020 00:00:00

A prefeitura do Rio recorreu ontem ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) e pediu que seja reconsiderada a suspensão das atividades presenciais na rede privada determinada na quinta-feira pelo desembargador Peterson Barroso Simão, da Terceira Câmara Cível. Sem consenso, escolas se preocupam com a perda de matrículas e falam em demissões. 

Para o diretor do Sindicato dos Estabelecimentos de Educação Básica do Rio de Janeiro (Sinepe), Frederico Venturini, a situação é crítica. "A rede particular vai ficando cada vez mais fragilizada, principalmente educação infantil. Em média, houve uma perda de 50% das matrículas. Começaram aparecer creches ilegais, sem infraestrutura e nenhuma segurança", afirma. 

A preocupação das escolas é não conseguirem se manter e precisar demitir funcionários, ou até fechar as portas. "Entendemos que pode ocorrer uma leva de demissões, mas queremos conversar para encontrarmos soluções, para proteger tanto as escolas quanto os empregos. Nossa posição é de seguir as orientações científicas, portanto continuamos, com nossa posição de não retorno às aulas presenciais. Estamos em greve pela Vida e faremos nova assembleia no dia 15", afirma vice-presidente do sindicato dos professores do município (Sinpro-Rio), Afonso Celso Teixeira.