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Comissão vota nesta quinta-feira relatório a favor do impeachment de Witzel

Uma vez aprovado na comissão, o relatório será levado aos 70 deputados já na semana que vem

Rio,28/08/2020-LARANJEIRAS, Policia Federal faz buscas na casa de Wilson Witzel no Palacio Laranjeiras, STJ afasta Witzel do governo do Rio por suspeitas de participar em esquema de corrupção na saúde. Na foto, chegada de Queiroz no aeroporto de Jacarepagua.Foto: Cleber Mendes/Agência O Dia
Rio,28/08/2020-LARANJEIRAS, Policia Federal faz buscas na casa de Wilson Witzel no Palacio Laranjeiras, STJ afasta Witzel do governo do Rio por suspeitas de participar em esquema de corrupção na saúde. Na foto, chegada de Queiroz no aeroporto de Jacarepagua.Foto: Cleber Mendes/Agência O Dia -
A comissão especial formada na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para analisar o impeachment do governador afastado, Wilson Witzel (PSC), vota nesta quinta-feira, 17, o relatório do deputado Rodrigo Bacellar (SD), favorável ao andamento do processo. A tendência é que o colegiado aprove o texto com folga - são necessários 13 votos, maioria simples da comissão. Uma vez aprovado na comissão, o relatório será levado aos 70 deputados já na semana que vem.

No plenário, são necessários 47 votos para aprovar o impedimento do governador. Neste caso, será formada então uma comissão mista composta por parlamentares e desembargadores para analisar a cassação do mandato. Witzel é acusado de praticar atos de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As primeiras suspeitas começaram na Saúde durante a pandemia da covid-19.

No parecer, o relator fala em "descaso com a vida e oportunismo com a desgraça". No relatório de 77 páginas, Bacellar destaca principalmente os momentos em que o governador afastado teria atuado para firmar contratos com as organizações sociais Unir Saúde e Iabas, acusadas de terem como sócio o empresário Mário Peixoto, pivô de recentes denúncias de corrupção na pasta.

Apelo

A defesa do governador foi apresentada à comissão no início deste mês. Na tentativa de convencer os deputados, Witzel enviou ontem um vídeo em que faz um apelo para que a Casa o deixe permanecer no cargo.

Com trilha sonora dramática, Witzel sobe o tom quando diz que foi afastado do cargo "sem direito de defesa", chama de "levianas" as acusações do Ministério Público Federal e afirma que, no governo, combateu a corrupção e o crime organizado.

"Todas as acusações levianas contra mim serão desmascaradas, mas até o presente momento não tive meu direito de defesa", afirma o governador afastado. Ao abordar especificamente o impeachment, Witzel diz que a Casa foi induzida ao erro. "Peço ao povo do Rio de Janeiro e ao parlamento que não deixe isso (afastamento) acontecer. O governador Wilson Witzel precisa terminar o seu mandato."

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