'Guardião' na mira do MPE

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro pediu o afastamento imediato de Ahlefeld Maryoni Fernandes da coordenação dos Conselhos Tutelares do Município do Rio de Janeiro. O MP argumenta que ele já foi afastado do cargo de Conselheiro Tutelar em uma ação prévia, que detectou exercício indevido de função.

Fernandes aparece como integrante do grupo que ficou conhecido como "Guardiões do Crivella", que recebia dinheiro público para ficar na porta dos hospitais municipais a fim de impedir reportagens de denúncias sobre a situação da Saúde do Rio.

Em fevereiro passado, Fernandes foi nomeado para o cargo em comissão de coordenador I da Coordenadoria de Apoio aos Conselhos Tutelares, do gabinete do prefeito. Mas em 2019, segundo o MP, ele já havia sido afastado do Conselho Tutelar de Realengo e impedido de concorrer novamente ao cargo. Na época, o MP apresentou provas de que o conselheiro vinha reiteradamente descumprindo os deveres inerentes ao cargo que ocupava, causando prejuízos à população infanto-juvenil. Dentre as fraudes, as investigações constataram irregularidades no uso de verba e na contratação de empresa para realização de obra na sede do Conselho Tutelar de Realengo.

A ação será julgada pela 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso da Capital.