Crivella acuado

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) formou maioria, ontem, para tornar o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (Republicanos), inelegível até 2026. Entretanto, quando o placar já estava 6 a 0 contra o prefeito, o último desembargador, Vitor Marcelo Aranha Afonso Rodrigues, pediu vista. Com isso, o julgamento será retomado na quinta-feira.

Eram dois processos em julgamento. As ações foram movidas pela Procuradoria Regional Eleitoral e pela coligação dos partidos PSOL/PCB, por conta de dois eventos realizados em 2018. Um deles foi o 'Café da Comunhão', em que Crivella reuniu 250 líderes religiosos, no Palácio da Cidade, para apresentar Rubens Teixeira como candidato a deputado federal. O prefeito teria oferecido ao grupo uma série de benefícios, como a cirurgia de catarata, no caso que ficou conhecido como "Fala com a Márcia". O relator julgou improcedente a inelegibilidade.

No outro caso, o prefeito é acusado de ter transportado servidores e terceirizados até a quadra da escola de samba Estácio de Sá. Lá, ele teria realizado comício com pré-candidatos a deputados. Crivella teria utilizado o poder público para levar as pessoas em veículos da Comlurb. Ficou decidido que Crivella ficaria inelegível até 2026. Dos 7 desembargadores, 6 acompanharam o voto do relator. Vitor Afonso pediu vista.

Em nota, a prefeitura afirmou que "após concluída e publicada a decisão, no prazo legal, a defesa do prefeito entrará com recurso".