Ex-vereador é suspeito no Caso Marielle Franco
Polícia encontra similaridades em dois atentados, em 2014 e 2018
Por MH
Publicado em 10/09/2020 00:00:00 Atualizado em 10/09/2020 00:00:00O ex-vereador do Rio Cristiano Girão está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), por suspeita de participação no assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista dela, Anderson Gomes. Girão foi um dos alvos da Operação Déjà Vu, realizada pela DH e pelo Ministério Público estadual (MPRJ), na manhã de ontem, e que cumpriu seis mandados de busca e apreensão (quatro no Rio e dois em São Paulo) contra uma milícia que age na comunidade Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio.
O grupo paramilitar é apontado como responsável pela morte, a tiros, do ex-PM André Henrique da Silva Souza, conhecido como Zóio, de 31 anos, e de sua esposa, Juliana Sales de Oliveira, 27, em junho de 2014, na Rua Capori, na Gardênia. De acordo com as investigações da especializada, Girão pode ter contratado o sargento da PM Fábio da Silveira Santana, lotado no 18° BPM (Jacarepaguá), e o PM reformado Ronnie Lessa, um dos acusados pela morte de Marielle (em 14 de março de 2018), para executar Zóio, após um racha no grupo paramilitar ao qual eles pertenciam.
"Esse crime do casal em 2014 tem características muito peculiares e que se assemelham muito com o crime que vitimou a vereadora Marielle Franco e seu motorista: os tiros concentrados, o veículo em movimento", contou o chefe do Departamento Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa (DGHPP), delegado Antônio Ricardo Nunes.