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Do luxo pra tranca

Morador de condomínio de bacana, Pedro Fernandes está em cela de seis metros quadrados

Secretário de Educação, Pedro Fernandes
Secretário de Educação, Pedro Fernandes -

Chamado pela Justiça de "chefe" em esquema de corrupção que desviou mais de R$ 117 milhões de projetos sociais no Rio, o ex-secretário Estadual de Educação, Pedro Fernandes, ocupa, desde quarta-feira, uma cela na mesma ala de Sérgio Cabral, no presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, em Bangu. Pedro chegou à cadeia, no Complexo de Gericinó, após cumprir a quarentena por Covid-19, que o impediu de ser preso no dia 11 do mês passado.

A relação entre o ex-secretário de Educação e o ex-governador, agora vizinhos de porta no presídio, remonta a proximidade entre os dois em 2013. Na época, a convite de Cabral, Pedro assumiu o posto de secretário Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos. De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio (MP/RJ), foi nesse período que os desvios de recursos teriam começado na Fundação Leão XIII. O esquema se estendeu até 2018.

Na cadeia, a cela ocupada por Pedro tem cerca de seis metros quadrados, com uma cama de solteiro, privada, pia e chuveiro com água fria. O tamanho é bem diferente dos 300 metros quadrados no condomínio Península, na Barra, onde o ex-secretário mora.

Assim como os demais detentos, ele terá duas horas de banho de sol e poderá circular dentro da sua ala todos os dias até as 16h. O ex-secretário pode ainda ler livros, já que a penitenciária tem uma biblioteca. Já a alimentação, conforme nota da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, é feita quatro vezes ao dia, com café da manhã, almoço, lanche e jantar.

O caso

Pedro Fernandes é apontado pelo MPRJ como o suposto chefe de organização visto como 'uma verdadeira máfia' que usava a Fundação Leão XIII para receber vantagens financeiras indevidas com pagamento de propinas e vantagens políticas. Os pregões superfaturados do grupo

Com as irregularidades, teria superfaturado contratos em mais de R$ 117 milhões, no período entre 2013 e 2018, segundo a denúncia do MP. Pedro Fernandes foi exonerado do cargo no dia 16 de setembro.

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