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"É conversa fiada", diz Guedes sobre recriar Ministérios do Trabalho e Indústria

Ministro disse que não existe esse assunto e que é uma conversa fiada quem fala sobre fatiamento

Equipe de Paulo Guedes pensa em acabar com desconto da declaração simplificada do Imposto de Renda
Equipe de Paulo Guedes pensa em acabar com desconto da declaração simplificada do Imposto de Renda -
Brasília -  Em meio à pressão do Centrão para fatiar o Ministério da Economia e recriar as pastas do Trabalho e da Indústria, Paulo Guedes buscou desconversar sobre a possibilidade nesta quinta, 8. "Não existe isso. É conversa fiada", disse o ministro na chegada à Câmara dos Deputados para participar do lançamento da agenda legislativa da reforma administrativa.

Como mostrou o Estadão, aliados políticos do presidente Jair Bolsonaro intensificaram a cobrança sobre o governo para um desmembramento de parte do Ministério da Economia. A discussão gira em torno da separação da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho da pasta e a recriação do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, para ser entregue ao Centrão.

No Palácio do Planalto, como mostrou a reportagem, já se fala no planejamento de uma "pequena reestruturação". Apesar da ameaça de Paulo Guedes perder o status de superministro, auxiliares do presidente dizem que ele segue tendo o respaldo do governo.

Um dos secretários de Guedes, Carlos da Costa, foi indicado pelo governo à presidência do braço de investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o que poderia abrir a oportunidade para as mudanças.

A volta do Ministério de Trabalho e Previdência, antecipada pelo site Poder360, e a recriação do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior vêm sendo discutidas desde o início da aliança do Centrão com o presidente Jair Bolsonaro, que se intensificou durante a pandemia e mudou a articulação do governo no Congresso.

A reforma ministerial começou a ser comunicada por líderes do governo, segundo relatos de interlocutores ao Estadão. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também tem acompanhando as conversas de perto e fazendo sondagem entre parlamentares sobre quem poderia ocupar as novas pastas de Trabalho e Indústria.