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Inflação de setembro registra maior alta para o mês desde 2003

Setor de Alimentação e bebidas e de Transportes foram os que tiveram maiores altas

Setor de Alimentação e bebidas foi o principal responsável por puxar a alta na inflação, com destaque para alta no arroz e no óleo de soja
Setor de Alimentação e bebidas foi o principal responsável por puxar a alta na inflação, com destaque para alta no arroz e no óleo de soja -
O IBGE divulgou, nesta sexta-feira (9), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, que registrou a maior alta do mês em 17 anos, com 0,64%. Em relação a agosto (0,24%), a alta é de 0,40 ponto percentual (p.p.). A variação mostrou maior impacto no setor de alimentação e bebidas, que subiu 0,78% em relação ao mês anterior, assim como no de transportes (0,70%), que viu a gasolina (1,95%) puxar a alta com 0,09p.p.
A última vez em que o índice, que registra a inflação do país, teve um mês de setembro com alta igual ou maior foi em 2003, com (0,78%). Em 2020, o indicador acumula alta de 1,34% e, em 12 meses, de 3,14%, acima dos 2,44% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2019, a variação havia sido de -0,04%.
O crescimento da inflação neste mês de setembro afeta, principalmente, o preço de alimentos como o óleo de soja (27,54%) e o arroz (17,98%), que estiveram entre as maiores variações. No ano, as altas para esses setores são de 51,30% e 40,69%, respectivamente, que, juntos, contribuíram com 0,16 p.p. no IPCA do período atual. Cebola (-11,80%), batata-inglesa (-6,30%), alho (-4,54%) e frutas (-1,59%) foram os destaques para a queda.
No setor de Transportes (0,70%), os preços subiram pelo quarto mês seguido. Além da alta na gasolina (1,95%), os preços do óleo diesel (2,47%) e do etanol (2,21%) também subiram, enquanto os do gás veicular caíram 3,16%. As passagens aéreas também ajudaram a aumentar a inflação, com alta (6,39%) após quatro meses consecutivos de variações negativas.
Os Artigos de Residência (1,00%) também tiveram forte alta, com destaque para TV, som e informática (1,99%) e mobiliário (1,10%). Este último, apesar de alta observada no mês, acumula queda de 8,73% no ano.