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Taxas de juros têm queda pelo sexto mês seguido

Apesar das reduções consecutivas, diminuição nos juros do cartão de crédito ainda é pequena

No caso do cartão de crédito, a taxa passou de 11,09% ao mês (253,26% ao ano) em agosto para 11,03% ao mês (250,98% ao ano) em setembro
No caso do cartão de crédito, a taxa passou de 11,09% ao mês (253,26% ao ano) em agosto para 11,03% ao mês (250,98% ao ano) em setembro -
Brasil - As taxas de juros das operações de crédito para pessoas físicas voltaram a cair no mês de setembro, de acordo com a Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Com a queda no mês anterior, as taxas registram pelo sexto mês seguido redução, porém associação afirma que a diminuição nos juros do cartão de crédito ainda é pequena.
Todas as seis linhas de crédito para pessoas físicas registram queda no mês anterior (juros do comércio, cartão de crédito, cheque especial, financiamento de veículos, empréstimo pessoal em bancos e financeiras). A taxa de juros média geral para pessoa física apresentou uma redução de 0,54% no mês. Assim, passou de 5,59% ao mês (92,08% ao ano) em agosto para 5,56% ao mês (91,42% ao ano) em setembro, o que representa a menor taxa de juros desde setembro de 2013.
No caso do cartão de crédito, a taxa passou de 11,09% ao mês (253,26% ao ano) em agosto para 11,03% ao mês (250,98% ao ano) em setembro. Já o cheque especial foi de 7,03% ao mês (125,98% ao ano) para 7,01% ao mês (125,47% ao ano) no mês anterior. 
Segundo Miguel José Ribeiro de Oliveira, diretor executivo responsável pela análise, alguns fatores são responsáveis por essa queda. Entre eles estão redução da taxa básica de juros (Selic) para 2% ao ano e expectativa de novas reduções da taxa básica de juros frente a um cenário de inflação baixa e recessão econômica, redução dos depósitos compulsórios, promovida pelo Banco Central, operações de crédito com juros baixos e subsídios do governo para pagamento das folhas das empresas pequenas e médias, renegociação de dívidas com juros menores para não agravar ainda mais o quadro de inadimplência e problemas financeiros das empresas e pessoas físicas.
Na visão de Oliveira, tendo em vista a piora do cenário econômico, com maior risco de crédito e da elevação da inadimplência, a tendência é que as taxas de juros possam ser elevadas nos próximos meses. “Mas algumas ações do Banco Central podem amenizar estas altas, como redução de impostos, compulsórios e reduções da taxa básica de juros”, afirma ele.