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Mulheres e jovens têm mais medo de perderem o emprego

Índice revela que público feminino teme 62,4 pontos contra 46,8 do universo masculino. Já os jovens o levantamento aponta 57,9 pontos

Todas as alunas são moradoras da Ilha da Conceição, base da multinacional americana Baker Hughes
Todas as alunas são moradoras da Ilha da Conceição, base da multinacional americana Baker Hughes -
 Brasil - O medo de ficar sem emprego é bem maior no público feminino do que no universo masculino, como mostra o indicador da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta quarta-feira. De acordo com o Índice de Medo do Desemprego, para homens a tensão de ficar desocupado é de 46,8 pontos, enquanto para as mulheres 62,4 pontos. Em relação a faixa etária, os jovens são os mais temerosos. Para a população entre 16 e 24 anos, o índice é de 57,9 pontos, enquanto o indicador para as pessoas com mais de 55 anos foi de 48,9 pontos.
Entre as regiões, a pesquisa mostrou que o medo do desemprego é maior no Nordeste, onde ficou em 61,2 pontos, e menor na região Sul, onde o indicador foi de 43 pontos. A população que recebe um salário mínimo também é a mais preocupada, com 65 pontos.
Pessoas com renda familiar acima de cinco salários mínimos registraram 42,2 pontos. Entre as pessoas que estudaram somente até a 4ª série do ensino fundamental, o índice é de 59,2 pontos. Aqueles com nível superior têm uma preocupação menor, o dado foi de 50,1 pontos.
Apesar do medo entre mulheres, jovens e nordestinos, o medo do desemprego caiu no mês de setembro. O índice calculado pela CNI ficou em 55 pontos em setembro de 2020. O valor está 3,2 pontos abaixo do mesmo período do ano passado e demonstra que as medidas de proteção ao emprego, adotadas a partir de março de 2020, contribuíram para aumentar a sensação de segurança da população empregada. Foram entrevistadas 2 mil pessoas em 127 municípios entre 17 e 20 de setembro.
De acordo com o gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, entre os motivos para a queda do índice, pesaram o auxílio emergencial e a retomada gradual das atividades comerciais e produtivas dos últimos meses. Mas, ressalta que, embora tenha caído para a população como um todo, “o medo do desemprego aumentou em certos perfis da população, como os mais jovens, com renda familiar superior a cinco salários mínimos e pessoas com ensino superior”, avalia Marcelo Azevedo.
Queda na satisfação
A pesquisa também mediu o Índice de Satisfação com a Vida, que se manteve praticamente constante. Caiu meio ponto em relação a setembro de 2019, mas subiu 0,2 ponto em relação a dezembro do ano passado. Nesta pesquisa, o índice ficou em 68,5 pontos.