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Jovem de 21 anos é presa por queimar o próprio filho com cigarro

Criança de três anos estava com diversas feridas espalhadas pelo corpo, nas nádegas, no pênis e até no ânus

Criança já teria sido machucada outras vezes
Criança já teria sido machucada outras vezes -
Rio - Uma ação conjunta entre as 71ª (Itaboraí) e 76ª DPs (Niterói) prendeu, no fim da tarde desta sexta-feira, uma jovem de 21 anos que queimou diversas partes do corpo do próprio filho com cigarro. Paola Maria Donato Azevedo foi capturada em Trindade, São Gonçalo, e vai responder pelo crime de tortura.
O pai do menino, o barbeiro Wagner Ferreira Souza, 34, disse ao MEIA HORA que a criança, que tem apenas três anos, era costumeiramente deixada em sua casa machucada. As queimaduras com o cigarro aconteceram no final de setembro.
"Ele uma vez chegou aqui em casa com a unha quase arrancada, outra com um corte debaixo do braço, como se tivessem arrancado a pele dele", conta o barbeiro. "Dessa vez, ele estava com feridas abertas nas nádegas, no pênis, na perna e até no ânus. Eu não conseguia nem vestir roupa nele".

Galeria de Fotos

Unha com ferimentos Arquivo Pessoal
Machucado debaixo do braço do menino Arquivo Pessoal
Criança já teria sido machucada outras vezes Arquivo Pessoal
Marcas de queimaduras de cigarro em uma das pernas da criança Arquivo Pessoal
Criança já teria sido machucada outras vezes Arquivo Pessoal
SÉRIE DE MACHUCADOS
Wagner disse que a mulher sempre negou que maltratasse o filho, mas, segundo ele, a criança deixava claro quem era responsável pelos machucados pelo seu corpo.
"Se você perguntar, ele fala claramente quem queimou, queimou com o que. Ele diz que não quer morar mais com ela", conta.
O barbeiro e Paola nunca moraram juntos. Ele conta que os dois se relacionaram apenas uma vez, quando ela ficou grávida. A jovem tem outros três filhos.
"Eu nunca sabia onde ela estava. Ela trazia o garoto e jogava aqui em casa de qualquer jeito. Às vezes nem deixava comigo. Ele chegava a ficar meses direto comigo, até que ela cismava e o pegava de volta", relembra Wagner.
EXAME COMPROVOU AGRESSÃO
Depois do episódio das queimaduras com cigarro, o barbeiro resolveu procurar o Conselho Tutelar, que o orientou a fazer um registro de ocorrência na polícia e um exame de corpo de delito na criança.  
Após a confirmação das agressões, a 71ª DP pediu a prisão preventiva da mulher. O pedido foi aceito pela 1ª Vara Criminal de Itaboraí nesta quinta-feira. Apesar de morar me Itaboraí, ela foi encontrada no município vizinho de São Gonçalo. Ao ser presa, ela alegou que o filho era alérgico a cachorro e gato.
"Fico muito triste com tudo que aconteceu com o meu filho, porque ele é uma criança. Mas creio que agora ele comigo vai ser melhor, porque tenho mais condições de criá-lo", desabafa o pai.