"O pessoal falou que era privatizar, eu revoguei o decreto. Deixa. Quando tiver o entendimento do que a gente de verdade quer fazer talvez eu reedite o decreto. Enquanto isso vamos ter mais de 4 mil unidades abandonadas jogadas no lixo sem atender uma pessoa sequer", afirmou o presidente.
Editado na terça e assinado por Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, o decreto repercutiu na quarta e teve grande rejeição, tanto nas redes sociais quanto no Congresso e entre especialistas e secretários de Saúde.
Apesar de ainda defender a medida, o presidente preferiu revogar o decreto por conta das reações, mas horas depois ele admitiu que pode reeditar o texto, que seria melhor explicado pelo governo.
Bolsonaro saiu em defesa da medida conversando com os apoiadores. Segundo ele, o decreto permitiria concluir 4 mil UBSs que hoje tem obras paradas e sofrem seu recursos para comprar equipamentos e contratar pessoal.
"Não existe privatização do SUS. Fizemos o ano passado no tocante a creches. As UBSs e UPAs são mais de 4 mil que estão inacabadas. E não tem dinheiro. Em vez de deixar deteriorar, gostaríamos de oferecer à iniciativa privada. Qualquer atendimento ali feito pela iniciativa privada seria ressarcido pela União", garantiu.