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Mãe de jovem assassinado na Linha Amarela já havia perdido um filho

Sepultamento de Marco André Lacerda de Paula será na terça-feira, às 14h no Cemitério da Penitência, no Caju

Por MH

Publicado em 26/10/2020 12:34:00 Atualizado em 27/10/2020 16:16:47
Mãe de Marco André, Flávia Lacerda Pimentel, no IML para liberação de corpo
Rio - A mãe de Marco André Lacerda de Paula, Flávia Lacerda Pimentel, morto com dois tiros no rosto na noite de domingo na Linha Amarela, já havia perdido um filho para um câncer, quando este tinha apenas 11 anos. O sepultamento do motorista de aplicativo de 24 anos apaixonado por carros foi marcado para as 14h de terça-feira (27) na Capela 7 do Cemitério da Penitência, no Caju, Zona Norte do Rio.
A Polícia investiga a morte. Segundo amigos da vítima, o condutor de uma BMW fechou o carro em que Marco André estava com um casal de amigos na saída 3 da Linha Amarela, abaixou o vidro e efetuou dois disparos no rosto do jovem, que morreu na hora. Parentes e amigos descrevem Marco André como calmo, negam a versão de que houve briga de trânsito e dizem que ele não possuía desafeto. 
O autor dos disparos não foi identificado. 
Marco André voltava de um evento de carros antigos na Barra da Tijuca e estava com um casal de amigos no carro, segundo o tio da vítima Marcos Vinicius Lacerda de Paula. O jovem é descrito pelo parente, como uma pessoa tranquila.
"Calmíssimo, muito tranquilo. Trabalhava e tinha sonhos. Um excelente filho, neto e sobrinho", diz Marcos Vinicius. A vítima trabalhava como motorista de aplicativo. E morava com a noiva. "Está todo mundo chocado e perplexo com o que aconteceu", acrescenta.
Marco André estava no Engenho de Dentro, perto de casa, quando foi morto. Apaixonado por automobilismo, havia comprado o carro, um CheryQQ vermelho, há dois meses, segundo o tio. " O sonho dele era viver feliz com a esposa, melhorar o carrinho dele. Nunca se envolveu em briga nenhuma (de trânsito). Estava no melhor momento da vida dele", afirma o tio.
Amigo de Marco André, Yuri Oliveira, recebeu informações da ocorrência por meio de um grupo de amigos do WhatsApp. Ele também participa do encontro de carros do qual a vítima voltava. "A questão que está sendo apurada na DHC é que a pessoa sabe atirar porque o tiro foi certeiro. Pegou o nosso amigo, que estava no carona e não atingiu a mais ninguém. Não houve discussão. O veículo e a pessoa são desconhecidos. Tanto que a pessoa ainda não foi identificada e dali seguiu adiante", conta.
Yuri também descreve a vítima como uma pessoa calma. "Não tinha problema com ninguém. Era uma pessoa de coração limpo. Meu amigo desde os 15 anos de idade", ressalta.
A Lamsa, que administra a Linha Amarela, disse que irá colaborar com as investigações, caso solicitada pela polícia.