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Doze mulheres são presas suspeitas de participarem de golpes eletrônicos na Maré

Polícia Civil aponta que elas eram responsáveis por induzir vítimas a repassarem dados bancários e entregarem cartões a outros integrantes da organização criminosa para, posteriormente, serem utilizados

Polícia prendeu doze mulheres suspeitas de aplicarem golpes bancários na Maré, Zona Norte do Rio
Polícia prendeu doze mulheres suspeitas de aplicarem golpes bancários na Maré, Zona Norte do Rio -
Rio - Doze mulheres foram presas na manhã desta quarta-feira no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio. A Polícia Civil aponta que elas eram responsáveis por induzir as vítimas a repassarem dados bancários e entregarem seus cartões a outros integrantes da organização criminosa, que seriam motoboys para, posteriormente, serem utilizados, gerando grandes prejuízos às vítimas.
Policiais Civis da Delegacia de Combate as Drogas (DCOD) descobriu a organização criminosa especializada em golpes por meio eletrônico, ligada a traficantes de drogas da maior facção criminosa do Estado.
As mulheres, segundo o delegado titular Gustavo de Mello Castro, ligavam para as vítimas se passando por atendentes de bancos para questionar sobre a possibilidade de compras suspeitas nos cartões.  
"A vítima dizia que não realizou a compra. Daí, eles encaminhavam essa pessoa a um suposto atendimento bancário. Sugeriam ligar para o telefone do verso do cartão".
Um programa especializado com mensagens gravadas era utilizado para enganar as vítimas, que pensavam estar em contato com o banco. Os criminosos, através desta ligação fraudada, colhiam os dados bancários, pedindo o número de cartão da vítima, por exemplo. Terminada a ligação, as integrantes do grupo diziam que um motoboy recolheria o cartão, supostamente bloqueado. Com os dados em mãos, realizavam as compras. 
Durante a ação policial, foram aprendidos onze notebooks, nove máquinas de cartão, cinquenta cartões de créditos, telefones celulares, além de outros materiais utilizados nos crimes.
Estima-se que o valor auferido com os golpes varie entre R$ 600 mil a R$ 1 milhão por mês.
A investigação se iniciou a partir de informações de inteligência obtidas pela Delegacia Especializada, dando conta da aproximação de lideranças de facção criminosa atuante na comunidade da Maré com criminosos com expertise em fraudes bancárias, bem como a existência de núcleos operacionais em diversos endereços da cidade, inclusive no interior das comunidades.