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Em discurso na cúpula dos Brics, Bolsonaro ataca 'monopólio' da OMS

Reunião entre os líderes também revelou a distância entre Bolsonaro e o presidente da China, Xi Jinping, que criticou o isolacionismo

Presidente da República Jair Bolsonaro, durante reunião da XII Cúpula de Líderes do BRICS (videoconferência)
Presidente da República Jair Bolsonaro, durante reunião da XII Cúpula de Líderes do BRICS (videoconferência) -
Rio - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou a Organização Mundial de Saúde (OMS) em discurso na cúpula dos Brics - bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - nesta terça-feira. 
Bolsonaro afirmou que o órgão, que defende apenas consensos estabelecidos pela comunidade científica, pratica um "monopólio do conhecimento" e precisa ser reformado. "Desde o início critiquei a politização do vírus e o pretenso monopólio do conhecimento por parte da OMS, que necessita urgentemente, sim, de reformas", disse. 
O presidente pediu também uma reforma na Organização Mundial do Comércio (OMC), com foco na questão dos subsídios: "A reforma da OMC é fundamental para a retomada do crescimento econômico global, é necessário prestigiar proposta de redução de subsídios para bens agrícolas com a mesma ênfase com que países buscam promover o comércio de bens industriais".
A reunião entre os líderes também revelou a distância entre Bolsonaro e o presidente da China, Xi Jinping. Do lado chinês, o líder criticou o isolacionismo, que tende a "aumentar a tensão e possibilidade de conflitos" entre os países, e afirmou que "a história nos mostra que o multilateralismo pode evitar guerras". Já Bolsonaro manteve a postura isolacionista e alinhada com o atual presidente dos EUA, Donald Trump, dizendo que "é preciso defender as prerrogativas soberanas dos países".