Rio - O prefeito Marcelo Crivella atribuiu nesta quarta-feira o aumento dos casos de covid-19 ao descuido das regras de ouro e ao processo eleitoral. Apesar de ter convocado uma coletiva de imprensa, o prefeito saiu do Riocentro, na Zona Oeste do Rio sem responder perguntas da imprensa.
Crivella classificou o atual estágio da pandemia como uma endemia e descartou adotar novamente o lockdown.
O prefeito afirmou que o carioca que se contagiar e receber tratamento se torna um patrimônio pra a cidade.
"A pessoa que se trata preventivamente se torna um patrimônio da cidade porque ela está imunizada, tem anticorpos. Ela é um patrimônio da nossa cidade. Se tratou, está imunizado, quando chegar a vacina, não precisa ser vacinada nas primeiras horas. Vamos imunizar primeiro quem precisa mais, quem não está imunizado. Aquela pessoa que já pegou a doença e se tratou e está imunizada e tem anticorpos ela é um patrimônio pra nossa saúde, graças a Deus", disse.
Crivella destacou que a nova orientação será realizar exames de tomógrafos na população aos primeiros sintomas da doença.
O prefeito disse que a Rede Municipal vai rever o protocolo adotado inicialmente de que apenas pacientes mais graves deveriam procurar atendimento. A orientação é de que a população procure atendimento aos primeiros sintomas.
Crivella destacou a necessidade de que os pacientes passem por exames de tomógrafo. São 27 na rede municipal, segundo a Prefeitura.
O prefeito fez um apelo para que a rede privada reabra leitos e disse que o hospital de campanha do Riocentro pode ser aberto a qualquer momento, sem detalhar um plano de reabertura dos leitos.
Para evitar mais contágios e dar conta da pressão na rede de Saúde, Crivella disse que vai receber ajuda do governador do Estado, Cláudio Castro, para compra de medicamentos e ajuda de mão de obra.
"Falta medicamento e mão de obra. O Governo do Estado vai nos ajudar. Leitos nós temos. O Riocentro pode ser reaberto a qualquer hora", declarou Crivella.
