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Casos de covid e taxa de ocupação de leitos continuam subindo no Rio

Só nesta quarta-feira foram 3.162 novos casos, 46% a mais que na terça-feira. Em algumas cidades da Baixada Fluminense e em São Gonçalo números de internações preocupam

Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI)
Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) -
Os números de covid-19 estão subindo no estado do Rio, que tem 343.995 casos confirmados e 22.256 óbitos. Somente nesta quarta-feira, foram registrados 115 mortes e 3.162 novos casos, 46% a mais que na terça-feira (24). Com isso, a taxa de ocupação aumentou em algumas cidades da Baixada Fluminense e região metropolitana do Rio.
Em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, nas últimas 24h a taxa de ocupação dos leitos para covid-19 passou de 65% para 75%. A Secretaria Municipal de Saúde informou que inaugurou na segunda-feira, no Hospital Municipal de São João de Meriti, um andar exclusivo para os pacientes contaminados. Nesta unidade, estão concentrados os 30 leitos de UTI do município. Na UPA de Jardim Íris há 10 leitos vagos para pacientes que não apresentem gravidade. O município já confirmou 4.270 casos da doença e 523 óbitos. 
Em São Gonçalo, cidade que já registrou 845 óbitos, chegando ao total de 15.843 casos confirmados, 82 pacientes estão hospitalizados. No Hospital de Retaguarda Gonçalense, com 25 leitos de enfermaria e 23 de CTI, 80% estão ocupados. A prefeitura informou que está fazendo obras emergenciais na unidade para abrir mais 50 leitos.

Já o Hospital Franciscano Nossa Senhora das Graças, em Lagoinha, mantém 23 leitos de CTI e 30 de enfermaria. No Pronto Socorro de São Gonçalo, no bairro do Zé Garoto, são seis leitos de enfermaria e sete de CTI. As UPAs Nova Cidade e Pacheco têm seis leitos de enfermaria no total e o Pronto-Socorro Infantil, 12 leitos de enfermaria e sete de CTI.
Em Duque de Caxias, dos 192 leitos existentes 124 estão ocupados, o que corresponde a 64%. A taxa mostrou uma pequena diminuição, já que na terça-feira (24) a ocupação era de 66%. Segundo a prefeitura, sete pacientes aguardam por uma vaga. O município tem 833 óbitos e 11.603 casos de covid confirmados.

No Hospital Municipal São José, cerca de 68% dos leitos estão ocupados, 3% a menos que na terça-feira (24). Esta taxa, em outubro, variava entre 45% e 50%, segundo a prefeitura. A unidade tem 100 leitos de CTI e 28 de enfermaria para covid-19, das quais 72 leitos de CTI e 16 de enfermaria estão ocupadas.
Cirurgias eletivas suspensas
O Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), na Baixada Fluminense, baixou a taxa de ocupação de leitos nesta quarta-feira e tem 93% dos leitos ocupados dos 30 que possui, 3% a menos que no dia anterior. Apesar da pequena diminuição no número de internações, a Prefeitura de Nova Iguaçu decidiu suspender as cirurgias eletivas na unidade. E disse que vem acompanhando os casos da covid-19 e cobrando da Central Estadual de Regulação a transferência dos pacientes para unidades especializadas.
Segundo a prefeitura, a cidade tem 10 leitos de UTI e 20 de enfermaria, que podem se tornar de UTI em caso de necessidade. O número de internações no município subiu cerca de 70% se compararmos a primeira e a terceira semana de novembro. A cidade tem 740 óbitos e 8.429 casos de coronavírus.
Flexibilização mantida
Tanto o governador Cláudio Castro, quanto o prefeito Marcelo Crivella, descartaram voltar atrás nas medidas de flexibilização. "Não há nenhuma hipótese de voltarmos atrás na flexibilização. Ou seja, não fecharemos nada neste momento. Fizemos um pacto público para que sejam aumentados os cuidados com as regras de higiene, tanto em relação aos funcionários desses estabelecimentos quanto a clientes", disse Castro.
Já Crivella, em entrevista nesta quarta-feira (25), descartou a necessidade de lockdown e apelou para que a rede privada de hospitais reabra leitos. "Não é questão de lockdown, nem se pensa nisso. É questão de ser preventivo e ter tratamento na hora certa. Para isso, temos 27 tomógrafos na cidade, porque a tomografia pega a pneumonia no começo, e aí é possível tratar logo. É preciso agora que as pessoas busquem atendimento nos primeiros sintomas".

O prefeito do Rio disse ainda que fiscais da Vigilância Sanitária e agentes da Guarda Municipal serão acompanhados de policiais militares nas ações de fiscalização contra aglomerações em eventos organizados na cidade. As pessoas poderão receber voz de prisão, além de terem de pagar multa elevada.