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Justiça do Rio manda excluir conta de escritor do Twitter que protestou contra a Universal e a família Bolsonaro

'Brasileiro só será livre quando o último Bolsonaro for enforcado nas tripas do último pastor da Igreja Universal', postou João Paulo Cuenca na rede social

Escritor virou réu após fazer postagem contra a Igreja Universal e família Bolsonaro
Escritor virou réu após fazer postagem contra a Igreja Universal e família Bolsonaro -
Rio - A conta do escritor João Paulo Cuenca foi suspensa do Twitter a pedido da Justiça do Rio de Janeiro. A requisição foi feita após Cuenca ter publicado em junho que o "brasileiro só será livre quando o último Bolsonaro for enforcado nas tripas do último pastor da Igreja Universal".
O texto é uma paráfrase de Jean Meslier , autor do século 18. No original, Meslier escreve que "o homem só será livre quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre".
O pastor Nailton Luz dos Santos pede indenização em R$ 10 mil por danos morais devido a postagem, além da remoção das redes sociais. O juiz da comarca de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, Ralph Machado Manhães Junior assina a decisão.
A justificativa que embasa a decisão alega que há "extrapolação" no direito de liberdade de expressão, "pois a postagem do réu é ofensiva e incitatória à prática de crime ao incitar claramente a violência contra grande parte da população".
Até o momento, 134 processos partindo de 21 estados foram iniciados por religiosos contra João Paulo Cuenca.
A medida determinada pela Justiça do Rio de Janeiro será recorrida pela defesa de Cuenca, que ainda não teria sido intimada oficialmente.