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Barroso minimiza fala de Bolsonaro sobre voto impresso e rechaça possibilidade

'Sou juiz, não posso me impressionar com retórica política', afirmou o presidente do TSE

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso
Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso -
Brasília - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, disse neste domingo, que o voto impresso - como defendido pelo presidente Jair Bolsonaro - poderia trazer "grande tumulto ao processo eleitoral". Ele lembrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) já decidiu pela inconstitucionalidade desse tema. "Não existe hoje no Brasil a possibilidade do voto impresso", afirmou.
Hoje, Bolsonaro voltou a defender o voto impresso e questionou a segurança das urnas eletrônicas.
"O presidente da República tem liberdade para exprimir sua opinião", disse Barroso, lembrando da decisão do STF. "Sou juiz, não posso me impressionar com retórica política."
Segundo o ministro, além do custo do voto impresso, haveria risco real ao sigilo do voto. "Respeitando opinião do presidente, penso que voto impresso traria grande tumulto a processo eleitoral."
Segundo Barroso, todo candidato derrotado pediria recontagem, nulidade e haveria judicialização. "Agora, se presidente tiver qualquer evidência, vamos investigar", disse.