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Circulação do BRT é interrompida após motoristas anunciarem paralisação

Os serviços foram afetados em seus três corredores (Transoeste, Transcarioca e Transolímpica

Paralisação de alguns motoristas afetam circulação do BRT
Paralisação de alguns motoristas afetam circulação do BRT -
Rio - O BRT Rio parou de circular, na tarde desta terça-feira, após alguns motoristas anunciarem paralisação. A decisão foi tomada após consórcio informar o parcelamento do 13º salário. De acordo com eles, os serviços foram afetados em seus três corredores (Transoeste, Transcarioca e Transolímpica). 
"O movimento acarretou irregularidades nos intervalos, inviabilizando a operação em todo o sistema", informou o BRT em suas redes sociais.
Nas redes sociais, muitos passageiros reclamaram da demora do serviço e sobre a paralisação. "Tem que parar mesmo, o BRT não dá condições de trabalho aos seus funcionários e muito menos consegue atender a demanda da população", disse uma usuária. "Fiquei presa na alvorada e por fim peguei um Uber, mas quem não tem dinheiro, como faz?", comentou outra.  "Não está funcionando nenhuma delas. Fiquei presa 1:30 nesse calor dentro da estação", indignou-se mais um.
Confira a nota do BRT Rio na íntegra:
"Devido ao colapso financeiro pelo qual o sistema vem passando desde o início da pandemia, o sindicato dos empregadores está em negociações com o Sindicato dos Rodoviários sobre a necessidade desse parcelamento, sob o risco de parar definitivamente suas atividades. Hoje (30) foram depositados 20%. O posicionamento sobre o saldo remanescente será informado em 15 dias, em função das negociações sindicais. Uma assembleia geral extraordinária com a categoria será realizada nesta quarta-feira, dia 2, para deliberar sobre a questão.

Ressaltamos o comprometimento do BRT Rio no sentido de que, caso sobrevenha qualquer auxílio ou subsídio das esferas de governo, a quitação do 13º salário dos seus funcionários será antecipada na mesma proporção.

Apesar das dificuldades financeiras decorrentes das medidas restritivas impostas pelo combate à Covid-19, que causaram perda de receita de R$ 155 milhões de março a outubro, e também pelo conjunto de aspectos que vêm contribuindo para o desequilíbrio financeiro do sistema, tais como o não reajuste da tarifa há 22 meses, a evasão por calotes, as políticas de gratuidade sem fonte definida de custeio, a concorrência desleal do transporte clandestino, a má conservação das pistas e os furtos de equipamentos e vandalismo nas estações, o BRT Rio vem honrando o pagamento de salário de seus colaboradores, e o mesmo será feito em relação ao 13º salário".