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Familiares de delegado preso com plantação de maconha deixam presídio

O trio estava detido desde o dia 4 de dezembro, por tráfico de drogas, depois que uma operação encontrou 128 pés de maconha em uma chácara do delegado

Delegado da Polícia Civil foi preso com plantação de maconha
Delegado da Polícia Civil foi preso com plantação de maconha -
Brasília - A esposa e os filhos de delegado Marcelo Marinho de Noronha, preso com plantação de maconha no Distrito Federal, deixam presídio após onze dias. Teresa Cristina Cavalcante Lopes, Ana Flavia Rubenich e Marcos Rubenich Marinho de Noronha foram liberados na noite de sexta-feira (11). 

O trio estava detido desde o dia 4 de dezembro, por tráfico de drogas, depois que uma operação encontrou 128 pés de maconha em uma chácara do delegado, em São Sebastião. Segundo as investigações, ele produzia a droga em escala industrial. A liberdade foi possível após decisão do desembargador George Lopes que, na noite de sexta, concedeu habeas corpus aos parentes do policial.

Na manhã deste sábado (12), o advogado de Marcelo Marinho, Cleber Lopes, disse ao G1 que o delegado permanece preso, mesmo após a defesa pedir a liberdade dele.

O caso

A operação, resultante de uma denúncia, foi conduzida pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil e ocorreu após dois meses de investigação. Além dos pés de maconha, também foram apreendidos 3,5 mil em dinheiro. Na chácara do delegado, na região de Nova Betânia, os agentes encontraram estufas, sementes da espécie cannabis sativa e iluminação artificial, que seria usada para potencializar o crescimento das plantas. O juiz Evandro Moreira da Silva citou o "método sofisticado de produção dos entorpecentes". Segundo o magistrado, a família possuía "um arsenal de equipamentos que possibilitariam o plantio em larga escala".

"A grande quantidade de plantas encontradas no local está a indicar, ao menos neste momento indiciário, a configuração do delito de tráfico, e não apenas a de produção para uso próprio da substância", disse o juiz.