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Mulher morre após passar por procedimento estético em casa; médico possuía 34 anotações criminais

Homem já havia sido preso em setembro deste ano, mas foi solto pela Justiça

Érika morreu após passar por procedimento estético dentro da própria casa
Érika morreu após passar por procedimento estético dentro da própria casa -
Rio - Uma mulher de 41 anos, identificada como Hérika Cristina dos Santos, morreu no último sábado após passar por um procedimento estético dentro da própria casa, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. De acordo com as primeiras informações, ela fez lipoaspiração e uma cirurgia nos seios. O médico responsável pelo procedimento é Antônio Santo Marchesan, que possui 34 anotações criminais, 20 processos administrativos no Conselho Regional de Medicina, além de ter tido o CRM cassado pela morte de uma criança em 2009. 
No mesmo dia em que passou pelas cirurgias, Érika deu entrada na UPA Beira Mar, no Hospital Moacyr do Carmo, também em Caxias, sentindo fortes dores. Neste sábado ela não resistiu e veio a óbito.
Segundo a Polícia Civil, o caso foi encaminhado para a Delegacia do Consumidor (Decon). Familiares da vítima foram ouvidos e os policiais aguardam o comparecimento do médico que fez o procedimento para prestar depoimento na unidade policial. As investigações continuam em andamento. 
Clínica fechada
Em setembro deste ano, agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) prenderam Antônio em uma clínica de estética em Bonsucesso, na Zona Norte. Além dele, a dona do estabelecimento também foi presa. O local, que era conhecido como 'Clínica da Morte', realizava lipoaspiração clandestina. No momento da prisão em flagrante, três pacientes estavam deitadas em macas esperando para fazer uma cirurgia.
Procurada pelo DIA, o delegado da delegacia que investigou o caso na época, André Neves, informou que o médico foi preso mas logo depois foi solto pela Justiça. "Ele foi preso pela Decon mas a Justiça soltou e ele continuou fazendo esses procedimentos".
No dia da prisão, a Polícia Civil informou que no local não havia higiene e que somente possuía autorização para fazer depilações e maquiagens. A dupla foi autuada por estelionato, exercício ilegal da profissão, lesão corporal e falsidade ideológica.