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Covid-19: Intenção de compra de 46 milhões de doses da CoronaVac será assinada pelo Ministério da Saúde

Mudança de postura em relação ao imunizante administrado no Brasil pelo Instituto Butantan acontece após discurso mais brando de Bolsonaro na cerimônia do plano de vacinação

Coronavac, vacina feita pelo laboratório chinês Sinovac e Instituto Butantan
Coronavac, vacina feita pelo laboratório chinês Sinovac e Instituto Butantan -
Depois de incluir o nome do Instituto Butantan no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, o Ministério da Saúde vai assinar memorando de intenções para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac. O imunizante é desenvolvido pela chinesa Sinovac e administrado, no Brasil, pela instituição paulista de pesquisa. A medida acontece após recuo de Bolsonaro na cerimônia de quarta-feira (16), depois de atritos com o governador de São Paulo, João Doria. As informações são da coluna de Carla Araújo, para o portal “UOL”.
O documento deverá ser assinado ainda nesta semana. A compra deve ser concretizada somente após registro da Anvisa, procedimento que deve acontecer com todas as vacinas.
A decisão de adquirir a CoronaVac acontece após um imbróglio político envolvendo o presidente da República e o governador de São Paulo. Vinculado ao governo paulista, o Instituto Butantan administra as doses da vacina de origem chinesa e também os testes realizados no Brasil.
O imunizante está no final da fase 3 de testes, mas ainda não divulgou os resultados dessa última etapa. De acordo com o governo paulista, essas informações serão encaminhadas à Anvisa em 23 de dezembro. Segundo o Instituto Butantan, porém, já foi enviado ao Ministério da Saúde uma proposta para iniciar a vacinação a partir de janeiro de 2021.
No mês de outubro, quando o ministro da Saúde Eduardo Pazuello havia anunciado a intenção de compra das 46 milhões de doses da CoronaVac, Bolsonaro interviu publicamente e se manifestou contra adquirir a “vacina chinesa”. Essa postura irredutível, no entanto, mostrou sinais de amenização na cerimônia de lançamento do plano nacional de vacinação, quando o presidente pediu “união”.