Mais Lidas

Guarda das filhas de juíza morta pelo ex-marido vai ficar com avó materna

De acordo com o juiz Felipe Gonçalves, presidente da Amaerj , o alvará foi expedido pelo plantão judiciário de Niterói. Viviane Arronenzi foi cremada neste sábado no Cemitério da Penitência, no Caju

Juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos
Juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos -
Rio - O presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio (Amaerj), Felipe Gonçalves, contou que a guarda das três filhas da juíza Viviane Arronenzi, morta pelo ex-marido na véspera de Natal, vai ficar com a avó materna. De acordo com o juiz, o alvará foi expedido pelo plantão judiciário de Niterói.
Gonçalves esteve no velório de Viviane com a presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), na manhã deste sábado, no Cemitério da Penitência, no Caju, Zona Norte do Rio A cerimônia de cremação, restrita aos familiares e amigos, acontece às 10h30.
O presidente disse que a Amaerj presta apoio aos familiares da vítima. "A guarda foi deferida ontem pelo plantão de Niterói para a avó e nós prestaremos todo apoio emocional, além disso, apoio jurídico também. Nós colocaremos a disposição da família o advogado da Amaerj para atuar como assistente de acusação."
Gonçalves contou que as filhas de Viviane estão muito abaladas com a morte da mãe. Elas não compareceram ao velório e estão sob os cuidados de uma tia materna.
O presidente da Amaerj lembrou que Viviane era uma magistrada muito dedicada ao trabalho. "Ela era muito discreta, meiga, estimada pelos seus colegas e uma ótima profissional. Ela prestava jurisdição com maestria.
O magistrado também avaliou sobre o feminicidio e aconselhou outras mulheres. "A lição que fica é que a mulher, que sofre violência, não pode desistir da medida protetiva. Ela deve ir até o final. Porque aquele agressor não merece apenas uma sanção estatal, ele merece também uma educação estatal. A medida protetiva também tem um caráter pedagógico."
A vítima já havia feito um registro de ameaça e lesão corporal contra o ex-marido em setembro deste ano. Na época, ela chegou a ter escolta policial concedida pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), mas logo pediu a suspensão.
O crime, na frente das três filhas
Paulo José Arronzeni, de 52 anos, matou a ex-mulher, a juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos, do Tribunal de Justiça do Rio, a facadas na véspera de Natal, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O ataque a faca ocorreu na frente das três filhas menores do ex-casal. A prisão ocorreu em flagrante, e foi convertida em preventiva nesta sexta-feira
Paulo José Arronenzi, assassino de juíza - Divulgação
Paulo José Arronenzi, assassino de juízaDivulgação
O crime ocorreu por volta das 18h, na Avenida Rachel de Queiroz, 380, em frente ao Colégio Januzzi. De acordo com a Guarda Municipal, agentes estavam na base do subgrupamento, que fica ao lado do Bosque de Barra, quando foram acionados para ajudar a vítima.
No local, encontraram a mulher caída e desacordada. O criminoso recebeu voz de prisão no local e foi encaminhado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, onde foi atendido e posteriormente conduzido para a delegacia.
"Fomos até o local e a vítima já estava inconsciente e sangrando muito em vários lugares. Ele [Paulo] não reagiu a prisão e também não demonstrou qualquer tipo de arrependimento. Com ele havia uma mochila onde encontramos algumas facas, remédios e documentos. Ele possuía cortes nas mãos e foi encaminhado ao Hospital Lourenço Jorge. Depois daí, levamos ele para a Divisão de Homicídios da Capital na Barra da Tijuca, onde foi feito o registro de ocorrência", conta Adailton, um dos guardas que ajudaram a prender o criminoso.
Juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos Reprodução / Redes Sociais
Paulo José Arronenzi, assassino de juíza Divulgação