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Juíza morta pelo ex-marido é cremada no Rio

Cerimônia realizada no Cemitério da Penitência, Caju, Zona Norte do Rio, foi reservada aos familiares e amigos da magistrada

Juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos
Juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, de 45 anos -
Rio - Sob forte emoção e palmas, o corpo da juíza Viviane Arronenzi, 45 anos, morta pelo ex-marido Paulo Arronenzi, 52 anos, na véspera de Natal, foi cremado na manhã deste sábado. A cerimônia realizada no Cemitério da Penitência, Caju, Zona Norte do Rio, foi reservada aos familiares e amigos da magistrada. Aproximadamente 100 pessoas estiveram no local.

Instituições como Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), Supremo Tribunal Federal (STF), Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Associação dos Magistrados do Estado do Rio (Amaerj) e Associação dos Magistrados do Brasileiros (AMB) enviaram coroas de flores ao cerimonial.
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Felipe Gonçalves, da Amaerj, e Renata Gil, da AMB, também estiveram na cerimônia. "Ela era uma magistrada bastante atuante e muito respeitada pelo nosso tribunal. Uma profissional exemplar e muito discreta", recordou Renata, que veio de Brasília para o cerimonial.

Renata, que atua no combate à violência a mulher, falou sobre a dificuldade em lidar com o feminicídio de uma colega. "Quando isso acontece dentro da nossa casa, a gente fica absolutamente sem chão. Nós tivemos que ser fortes para dar aporte a família."

Gonçalves disse que a Amaerj presta apoio aos familiares da vítima. "A guarda foi deferida ontem pelo plantão de Niterói para a avó e nós prestaremos todo apoio emocional, além disso, apoio jurídico também. Nós colocaremos a disposição da família o advogado da Amaerj para atuar como assistente de acusação."

O presidente ainda contou que as filhas de Viviane - duas meninas gêmeas de 7 anos e uma terceira de 9 anos - estão muito abaladas com a morte da mãe. Elas não compareceram ao velório e estão sob os cuidados de uma tia materna.

O presidente da Amaerj lembrou que Viviane era uma magistrada muito dedicada ao trabalho. "Ela era muito discreta, meiga, estimada pelos seus colegas e uma ótima profissional. Ela prestava jurisdição com maestria".