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Sessão que ouve testemunhas do caso Witzel tem um minuto de silêncio pelas vítimas de feminicídio

Homenagem foi especialmente em memória da juíza Viviane do Amaral, morta a facadas pelo ex-marido no último dia 24; Tribunal Especial Misto ouve nesta segunda-feira seis testemunhas, em mais uma etapa do processo de impeachment do governador afastado

Um minuto de silêncio no Tribunal Especial Misto, em nome das mulheres vítimas do feminicídio
Um minuto de silêncio no Tribunal Especial Misto, em nome das mulheres vítimas do feminicídio -
A sessão do Tribunal Especial Misto (TEM), que ouve seis testemunhas do caso Witzel nesta segunda-feira (28), começou com um minuto de silêncio em homenagem às mulheres vítimas de feminicídio no Brasil na última semana, especialmente a juíza Viviane Vieira do Amaral, morta a facadas pelo ex-marido em plena véspera do Natal, à luz do dia, na Zona Oeste do Rio. 
Assim que o presidente do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), Cláudio de Mello Tavares, iniciou a sessão do interrogatório, o deputado estadual Chico Machado (PSD), membro do Tribunal Especial Misto (TEM), pediu a palavra. "Gostaria de solicitar (uma homenagem), em nome de tantas mulheres que foram assassinadas neste final de ano, perto do Natal. Esse tipo de crime não distingue raça, cor, condição financeira, visto o caso da juíza assassinada covardamente, Viviane Vieira do Amaral. Solicito que nos façamos um minuto de silêncio por todas essas mulheres que são vítimas diariamente", disse o parlamentar. O pedido foi aceito.
Nesta segunda-feira, seis testemunhas serão ouvidas, em mais uma etapa dos interrogatórios feitos pelo Tribunal Especial Misto (TEM) no caso que julga o impeachment de Wilson Witzel. São elas Valter Alencar Pires Rabelo; Roberto Robadey Júnior; Alex Bousquet (ex-secretário de Saúde); Édson Torres, Luiz Octávio Martins Mendonça, Mariana Tomasi Scardua (ex-subsecretária de Saúde). O governador afastado também seria ouvido, mas o interrogatório foi cancelado por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O argumento é de que Witzel só pode ser ouvido após a defesa ter acesso a todos os documentos de defesa. O deputado estadual Luiz Paulo (Cidadania) afirmou ter pedido a impugnação da liminar que impede Witzel de ser ouvido.