Geral
Covid-19: pesquisadores usam redes sociais para combater desinformação sobre vacina
Iniciativa quer ajudar a população a entender como são produzidos os imunizantes, além de minimizar os impactos causados pela disseminação de notícas falsas
Por Karilayn Areias
Publicado em 17/12/2020 18:01:00 Atualizado em 17/12/2020 18:01:00Rio - O embate político entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria, sobre a aquisição e regulamentação da Coronavac no Brasil despertou a dúvida em muitos brasileiros se tomar a vacina contra o coronavírus é realmente seguro. Entre os questionamentos mais comuns estão se a vacina é realmente eficaz se consideramos o tempo em que ela foi elaborada; Se o imunizante é capaz de alterar o nosso DNA; ou ainda se é feito de células de fetos abortados. Com o objetivo de responder a essas perguntas e combater a desinformação, um grupo de cientistas batizado de Equipe Halo, composto por brasileiros e estrangeiros, estão usando o Tik Tok, rede social popular entre os jovens, para mostrar o dia a dia dos pesquisadores em busca da vacina contra o coronavírus, além de esclarecer as dúvidas mais comuns entre a população.
Um dos profissionais que está combatendo a desinformação com a ciência é o Rômulo Neris, 27 anos, virologista e Doutorando em Imunologia e Inflamação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Com mais de 17 mil seguidores, através de seus vídeos, Rômulo já esclareceu quais são os ingredientes da Coronavac, como funciona as vacinas da Pfizer e da Moderna, além de como o nosso corpo reage a vacinação.
"Essas vacinas não vão sair muito mais rápido. O prazo é mais curto sim do que outras que já tivemos, mas por um fator fundamental: colaboração internacional. A gente tem diversos países testando ao mesmo tempo, coisa que não aconteceu no passado para outras vacinas com um número muito maior de pessoas. O que faz a gente testar ao mesmo tempo a segurança e a eficácia, que antes era necessário fazer passo a passo porque antes ou você não tinha orçamento, ou tanto voluntário ou porque o estudo era limitado as leis de um único país", explica Rômulo em um vídeo sobre o medo que algumas pessoas tem de tomar a vacina.