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Rio: Comércio pode perder R$ 385 milhões por conta dos feriados em 2021

Somente neste ano, 12 feriados cairão em dias úteis com chance de prolongamento

As lojas de rua são as mais prejudicadas nos dias de feriado, principalmente na região do Centro
As lojas de rua são as mais prejudicadas nos dias de feriado, principalmente na região do Centro -
Com a quantidade de feriados em 2021, sendo 12 em dias úteis com possibilidade do conhecido "enforcamento", o comércio do Rio, já debilitado pela crise, pode perder R$ 4,6 bilhões em vendas no ano. Segundo o Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL Rio), cada dia de comércio parado representa uma perda média de cerca de R$ 385 milhões. A estimativa realizada pela associação desconsidera, ainda, os feriados do Carnaval, que não deve acontecer em seu período normal por conta da pandemia.
O levantamento apontou que em 2021 apenas 353 dias serão comercialmente uteis, sem contar os dias em que os feriados poderão ser prolongados, sendo novembro o mês mais prejudicado, com três feriados que podem ser estendidos. “Não há dúvida que este excessivo número de dias parados prejudicará o comércio, que já vem sofrendo os danos causados pela pandemia. E não são apenas os empresários lojistas que perdem com isso. Perdem o governo que deixa de arrecadar impostos; os comerciários que deixarão de vender; os prestadores de serviços e autônomos, e também o próprio consumidor que não pode comprar. No caso dos comerciários, eles podem perder até um salário no ano, um verdadeiro 14º jogado fora", afirmou o presidente do CDL Rio Aldo Rodrigues. 
Apesar das dificuldades, Aldo afirma que não é contra os feriados, mas se preocupa com a situação principalmente das lojas de rua, especialmente da região do Centro. "Não somos contra os feriados em datas comemorativas – e até mesmo, quando possível, o adiamento deles. Mas somos a favor de que a sociedade civil organizada, empresários, líderes de classe e autoridades se sentem à mesa para
discutir outras soluções que evitem tamanho desperdício, principalmente no momento que enfrentamos uma pandemia que ninguém sabe quando vai terminar”, conclui o presidente.
Além do comércio, Hotelaria, bares e restaurantes e serviços ligados ao turismo, antes beneficiados com os feriados, agora também sofrem com os efeitos do coronavírus.