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Core e DHBF buscam informações dos três meninos desaparecidos em Belford Roxo

Após 11 dias do desaparecimento, os nomes dos meninos não constam no cadastro de crianças e adolescentes do Ministério da Justiça

Da esquerda para a direita: Alexandre, Lucas e Fernando
Da esquerda para a direita: Alexandre, Lucas e Fernando -
Rio - A Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e a Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) estão, nesta quinta-feira, na Comunidade do Castelar, em Belford Roxo, em busca de informações sobre os três meninos desaparecidos na região desde o dia 27 de dezembro. O MPRJ está acompanhando o caso desde o dia 28 de dezembro, por meio do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos. No entanto, apesar de já terem passado 11 dias desde o desaparecimento das crianças, os nomes dos meninos ainda não constam no cadastro de crianças e adolescentes do Ministério da Justiça.
Lucas Matheus, de 8 anos, o primo dele Alexandre da Silva, de 10 anos, e Fernando Henrique, de 11 anos, saíram de casa no dia 27 de dezembro, por volta das 10h30, para brincar no campo de futebol ao lado do condomínio onde moram, no bairro Castelar. A última vez que os três foram vistos foi na feira de Areia Branca, também em Belford Roxo.
Segundo informações da Polícia Civil, a Core entrou na comunidade do Castelar, nesta manhã, com um blindado "para dar uma estabilizada" e a DHBF pretende fazer um "pente fino" no local, em busca de alguma informação através de testemunhas e câmeras, além de procurar por terrenos baldios ou algum cemitério clandestino.
Desde o desaparecimento, os três meninos ainda não foram registrados no Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Segundo a pasta, o programa criado em 2010 está em fase de implementação no Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas.
"Em parceria com o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, soluções tecnológicas e protocolos estão sendo desenvolvidos para a criação de um Banco Nacional moderno e efetivo. Com a instituição da Lei da Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas (13.812/2019), está em fase de implementação o Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas. O artigo 16 da lei estabelece que o cadastro nacional de 2010 será incorporado a este novo cadastro.
O MPRJ está acompanhando o caso desde o dia 28 de dezembro, por meio do Programa de Localização e Identificação de Desaparecidos (PLID/MPRJ), que inscreveu as crianças no instante em que foi registrado o desaparecimento. Segundo o Centro de Apoio às Promotorias Criminais (CAO Criminal/MPRJ), a Polícia Civil está realizando as primeiras diligências investigatórias e os promotores criminais estão em contato com a DHBF, que busca linhas de investigação e está ouvindo testemunhas e familiares.
Segundo o MPRJ, no momento, o foco da atuação consiste no acompanhamento das investigações do paradeiro das crianças. O Ministério Público pede que a população informe qualquer notícia sobre o caso, podendo usar os canais de Ouvidoria.