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Pfizer não pediu uso emergencial da vacina, afirma Anvisa

Nesta terça-feira, empresa norte-americana se reuniu com técnicos da Anvisa para discutir vacina produzida no país

A health worker prepares a syringe to administer the Pfizer-BioNTech Covid-19 vaccine at the Timone Hospital in Marseille, southeastern France, on January 5, 2021. - France promised on January 5, 2021, to speed up Covid-19 vaccinations, but failed to silence critics who accused the government of
A health worker prepares a syringe to administer the Pfizer-BioNTech Covid-19 vaccine at the Timone Hospital in Marseille, southeastern France, on January 5, 2021. - France promised on January 5, 2021, to speed up Covid-19 vaccinations, but failed to silence critics who accused the government of "amateurism" over the slow start to its inoculation campaign. (Photo by Christophe SIMON / AFP) -
Técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) se reuniram nesta terça-feira com representantes da farmacêutica norte-americana Pfizer para discutir o pedido para uso emergencial da vacina produzida pela empresa contra Covid-19 no Brasil.
De acordo com a Anvisa, o encontro virtual encerrou sem que a decisão pelo pedido de uso emergencial tenha sido tomada. A Pfizer foi o primeiro imunizante a ser aplicado no mundo.
No Brasil, a Pfizer é a fabricante de uma das quatro vacinas em teste e tem mantido reuniões regulares com a Anvisa.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a Pfizer já tentou fazer o pedido no ano passado, mas que ficou surpreendido com a quantidade de exigências feitas pela Anvisa. Ao longo desse período, Pazuello tem feito várias críticas às condições de negociação com a empresa. Entre elas, capacidade de entrega de vacinas para o Brasil, exigência de isenção de responsabilidades sobre efeitos colaterais.
De acordo com Pazuello, a empresa exige não responder pelos efeitos colaterais registrados no Brasil. Ele também citou “500 mil doses” e afirmou que não seriam suficientes para o início da vacinação dos brasileiros.
Porém, na semana passada, a empresa divulgou um comunicado que afirma que ainda em agosto de 2020 foram ofertadas 70 milhões de doses da vacina com previsão para início em dezembro do ano passado e que os termos oferecidos ao Brasil “estão em linha com os acordos fechados em outros países do mundo”. 
A nota da Pfizer informou que as tratativas começaram em junho de 2020 e estão protegidas sob um acordo de confidencialidade. A farmacêutica aguarda a decisão do governo do Brasil, mas alerta que a disponibilidade de doses e o cronograma de entregas para o país “depende da data do fechamento do contrato de fornecimento diante da alta procura por doses e de contratos com outros países ainda em andamento”.