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Amigos fazem homenagem a ciclista morto no Recreio

Pedalada percorreu cerca de 1,5 km da orla da praia da Zona Oeste do Rio

Grupo pedalou por cerca de 1,5 km
Grupo pedalou por cerca de 1,5 km -
Rio - Centenas de ciclistas fizeram, na manhã deste sábado, uma homenagem a Cláudio Leite da Silva, de 57 anos, que morreu atropelado na última segunda-feira no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Os ciclistas pedalaram por cerca de 1,5 km, da Praça Tim Maia até o Posto 10, onde aconteceu o acidente. Os participantes rezaram e fizeram um minuto de silêncio em memória de Cláudio.
"Infelizmente nós só temos voz quando tragédias dessas acontecem. Hoje, queríamos deixar muito claro para toda a população, primeiramente, de que a bicicleta é um veículo de propulsão humana garantida pelo Código de Trânsito Brasileiro", destacou Raphael Pazos, fundador da Comissão de Segurança no Ciclismo da Cidade do Rio de Janeiro (CSCRJ), que organizou a homenagem.
Cláudio foi atingido pelo carro do capitão do Corpo de Bombeiros João Maurício Correia Passos, quando pedalava na Avenida Lúcio Costa. O oficial foi preso horas após o acidente e foi indiciado por homicídio com dolo eventual (assumindo o risco de matar), fuga do local e embriaguez ao volante.
"As pessoas gostam muito de compartilhar na redes sociais, mas o compartilhamento da vida real, na via pública, não existe. O que existe são pessoas egoístas e individualistas que só sabem dos seus direitos e esquecem que elas possuem deveres no trânsito", reforçou Raphael.
O ciclista diz ainda que o número de bicicletas nas ruas aumentou nos últimos tempos, principalmente por causa da pandemia.
"De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o maior, o automóvel, tem sempre que proteger o menor, justamente os ciclistas e os pedestres, que são os elos mais fracos no trânsito. Nossa luta é por mais paz, harmonia e respeito ao próximo no trânsito. Temos realmente que diminuir a velocidade no trânsito", pede.