Rio - Centenas de ciclistas fizeram, na manhã deste sábado, uma homenagem a Cláudio Leite da Silva, de 57 anos, que morreu atropelado na última segunda-feira no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Os ciclistas pedalaram por cerca de 1,5 km, da Praça Tim Maia até o Posto 10, onde aconteceu o acidente. Os participantes rezaram e fizeram um minuto de silêncio em memória de Cláudio.
"Infelizmente nós só temos voz quando tragédias dessas acontecem. Hoje, queríamos deixar muito claro para toda a população, primeiramente, de que a bicicleta é um veículo de propulsão humana garantida pelo Código de Trânsito Brasileiro", destacou Raphael Pazos, fundador da Comissão de Segurança no Ciclismo da Cidade do Rio de Janeiro (CSCRJ), que organizou a homenagem.
Amigos pedalam por ciclista morto no Recreio.#ODia
— Jornal O Dia (@jornalodia) January 16, 2021
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Cláudio foi atingido pelo carro do capitão do Corpo de Bombeiros João Maurício Correia Passos, quando pedalava na Avenida Lúcio Costa. O oficial foi preso horas após o acidente e foi indiciado por homicídio com dolo eventual (assumindo o risco de matar), fuga do local e embriaguez ao volante.
"As pessoas gostam muito de compartilhar na redes sociais, mas o compartilhamento da vida real, na via pública, não existe. O que existe são pessoas egoístas e individualistas que só sabem dos seus direitos e esquecem que elas possuem deveres no trânsito", reforçou Raphael.
O ciclista diz ainda que o número de bicicletas nas ruas aumentou nos últimos tempos, principalmente por causa da pandemia.
"De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o maior, o automóvel, tem sempre que proteger o menor, justamente os ciclistas e os pedestres, que são os elos mais fracos no trânsito. Nossa luta é por mais paz, harmonia e respeito ao próximo no trânsito. Temos realmente que diminuir a velocidade no trânsito", pede.