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Aos 100 anos, alemão pode ser julgado por crimes nazistas da Segunda Guerra

Procuradores do país encaminharam uma acusação contra o homem com a suspeita de que ele teria sido cúmplice dos assassinatos cometidos no campo de Sachsenhausen, a 46km de Berlim

Campo de concentração Sachsenhausen desativado, na Alemanha
Campo de concentração Sachsenhausen desativado, na Alemanha -

Na Alemanha, um homem de 100 anos, que trabalhou como segurança em um campo de concentração, pode responder por mais de 3,5 mil assassinatos executados por nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. As informações foram apuradas pelo G1.Na segunda-feira (08), os procuradores do país encaminharam uma acusação contra o homem com a suspeita de que ele teria sido cúmplice dos assassinatos cometidos no campo de Sachsenhausen, a 46km de Berlim. Segundo informações, o homem não teve sua identidade revelada, atualmente mora na cidade de Brandenburgo, no nordeste da Alemanha e trabalhou em Sachsenhausen nos anos de 1942 até 1945. 

Mesmo tendo se passado mais de 75 anos, desde de o fim da Segunda Guerra Mundial, o julgamento de apoiadores e criminosos são essenciais para que uma justiça mesmo tardia, seja levada aos povos que foram dizimados nos campos de concentração. 

Na semana passada, Irmgard F., secretária de 95 anos do campo de Stutthof, foi acusada de compactuar com cerca de 10 mil assassinatos. Sua capacidade de comparecer ao tribunal ainda está sendo decidida e ainda não há uma data marcada para o julgamento. 

Em julho do ano passado, Bruno Dey, de 93 anos, foi condenado a dois anos de prisão pelo tribunal de Hamburgo, pelos seus tempos de guarda em que foi cumplice em mais 5,2 mil assassinatos ou tentativas no campo de concentração de Stutthof.

O campo de Sachsenhausen, desenvolvido em 1936 próximo da cidade de Berlim, é conhecido por sediar os primeiros testes das câmeras de gás, ação que daria início as milhões de vidas que foram tiradas em Auschwitz.