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Bolsonaro fala em 'linha de corte' no auxílio emergencial e afirma: 'Acho que vai ter prorrogação'

Presidente seguiu mostrando preocupação com a dívida pública e pregou 'responsabilidade' para não ter a 'desconfiança do mercado'

"Acho que vai ter uma prorrogação. O ideal é a economia voltar ao normal. Estão com dificuldade? Estão. Grande parte da população está com dificuldades", disse Bolsonaro
"Acho que vai ter uma prorrogação. O ideal é a economia voltar ao normal. Estão com dificuldade? Estão. Grande parte da população está com dificuldades", disse Bolsonaro -
Antes resistente à ideia de uma prorrogação do auxílio emergencial, Bolsonaro já começa a mudar seu discurso. Sob pressão do Congresso e contra a vontade do ministro da Economia Paulo Guedes, o presidente da República disse achar que haverá a continuação do benefício, mesmo que em moldes diferentes. Segundo ele, porém, é preciso ter responsabilidade para que a situação não vire uma “bola de neve”.
Em meio à discussão sobre o auxílio emergencial, Guedes já havia considerado a possibilidade de prorrogar o benefício com valor menor, de R$ 200. Ontem, em pronunciamento na Câmara dos Deputados, o ministro disse que não é ele quem define o valor do novo auxílio, que está em discussão no Congresso. As declarações foram feitas em entrevista à TV Band nesta segunda-feira (8).
“Acho que vai ter uma prorrogação. O ideal é a economia voltar ao normal. Estão com dificuldade? Estão. Grande parte da população está com dificuldades", disse o presidente. 
Um dos temores de Bolsonaro na pauta da volta do benefício, porém, é seu impacto no mercado: "É mais um endividamento. Se você não fizer com responsabilidade isso, acaba tendo a desconfiança do mercado e aumenta o valor do dólar, passa para seis reais. E vai impactar no preço do combustível. Fica uma bola de neve”, declarou.
Ao falar em uma “linha de corte”, Bolsonaro também sinalizou pela redução no número de pessoas atendidas pelo benefício. Em meio ao endividamento da União e à discussão sobre o teto de gastos, que limita as despesas públicas ao crescimento da inflação, o presidente se mostrou preocupado:
“Foram cinco meses de R$ 600 e quatro meses de R$ 300. O endividamento chegou na casa de R$ 300 bilhões. Tem um custo. O ideal é a economia voltar ao normal. Tem a pressão? Tem. Está sendo estudado uma linha de corte. Foram 68 milhões de pessoas que receberam o auxílio emergencial. Até quando a gente pode bancar isso daí? Tem que ver o endividamento da União”, reforçou.