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Na base do disfarce

Draco recebe informações de que Ecko adota visuais diferentes para fugir da polícia

Venda de roupas falsificadas é um dos braços financeiros da milícia comandada por Ecko (foto menor)
Venda de roupas falsificadas é um dos braços financeiros da milícia comandada por Ecko (foto menor) -

Informações passadas à Delegacia de Repressão às Ações Organizadas Criminosas (Draco) apontam que o miliciano mais procurado do Estado do Rio, Wellington da Silva Braga, o Ecko, usa disfarces para fugir da polícia. "Chegou a informação de que ele deixou e o cabelo crescer e usa cavanhaque, mas não temos fotos dele assim", afirmou um investigador.

Outro policial, de uma outra especializada, relatou, também em anonimato, que "há várias informações da inteligência e simulações de disfarces usados por ele, mas que não podem ser divulgadas".

Segundo as investigações, Ecko é usuário de cocaína, lucra com o tráfico de drogas, tem perfil violento, locais para tortura e recruta ex-traficantes para a quadrilha. Ele assumiu a liderança da maior milícia do Rio à força, após a morte do irmão Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos Três Pontes, em 2017. Nunca foi preso e sua foto mais conhecida é a da sua carteira de identidade, de 2013.

Em 2016, a Draco chegou a um dos seus esconderijos em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. A sua sala tinha a decoração de vários quadros da saga mafiosa Poderoso Chefão.

Como na máfia, desde então, procurou expandir territórios. Domina locais na Zona Oeste, Baixada Fluminense, Costa Verde e tem alianças na Zona Norte, muitas delas com o tráfico, a chamada TClícia (Terceiro Comando Puro milícia).

De acordo com a polícia, o Bonde do Ecko tem mais de 400 fuzis à disposição e é responsável pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, extorsão, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Somente no ano passado, 117 milicianos da sua quadrilha foram presos.