Geral
Comerciantes do entorno do Sambódromo relatam dificuldades sem Carnaval
Essa é a primeira vez sem desfiles no Sambódromo desde a sua construção, em 1984
Por Luciano Paiva
Publicado em 14/02/2021 00:00:00 Atualizado em 14/02/2021 10:40:13Sinônimo de espetáculo, alegria e encantamento popular, a Marquês de Sapucaí 'chora' em silêncio o cancelamento do Carnaval — essa é a primeira vez sem desfiles das escolas de samba desde a construção do Sambódromo, em 1984 — em virtude da pandemia da Covid-19. E sem o evento que impulsiona diversos setores da economia, o comércio (formal ou não) no entorno da Passarela do Samba enfrenta ainda mais dificuldades para se manter.
O MEIA HORA percorreu as ruas da Cidade Nova para ouvir a galera guerreira que sempre contou com a renda extra gerada pelo Carnaval, mas agora precisa se virar como pode. É o caso de Manoel Cordeiro, de 52 anos, morador da região e mais conhecido como Paulista. Ambulante há mais de 20 anos, ele é cadastrado pela prefeitura e enfrenta dificuldades desde o ano passado. "Já estou há seis meses sem trabalhar direito. Em 2019 já foi ruim porque choveu no Carnaval passado, agora ficou pior. O jeito é contar com a ajuda da família, que é grande, com cestas básicas que recebo, para ir sobrevivendo".
Maria Benício, de 43 anos, é de Higienópolis, e viu seu planejamento pessoal se desfazer. "Seria a minha primeira vez trabalhando aqui no Carnaval. A ideia era investir uns R$ 4 mil em mercadoria para os quatro dias de folia. Daria para ter o dobro de lucro", lamenta.
O MEIA HORA percorreu as ruas da Cidade Nova para ouvir a galera guerreira que sempre contou com a renda extra gerada pelo Carnaval, mas agora precisa se virar como pode. É o caso de Manoel Cordeiro, de 52 anos, morador da região e mais conhecido como Paulista. Ambulante há mais de 20 anos, ele é cadastrado pela prefeitura e enfrenta dificuldades desde o ano passado. "Já estou há seis meses sem trabalhar direito. Em 2019 já foi ruim porque choveu no Carnaval passado, agora ficou pior. O jeito é contar com a ajuda da família, que é grande, com cestas básicas que recebo, para ir sobrevivendo".
Maria Benício, de 43 anos, é de Higienópolis, e viu seu planejamento pessoal se desfazer. "Seria a minha primeira vez trabalhando aqui no Carnaval. A ideia era investir uns R$ 4 mil em mercadoria para os quatro dias de folia. Daria para ter o dobro de lucro", lamenta.
A alternativa para amenizar a crise é torcer para que as aulas presenciais na rede estadual retornem o quanto antes, o que está previsto para 1º de março. "Até a venda de doces e refrigerantes, que é o nosso forte, está ruim. Espero que as aulas voltem logo".