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Após se apresentar à polícia, 'Barbie do Crime' vai cumprir pena em prisão domiciliar

A ex-modelo fotográfica Bruna Cristine Menezes de Castro, de 31 anos, cumprirá a pena por estelionato com uso de tornozeleira eletrônica

Por IG

Publicado em 28/02/2021 14:27:23 Atualizado em 28/02/2021 14:27:23
Bruna Cristine Menezes de Castro ficou conhecida como 'Barbie do Crime' após ser condenada por estelionato
Bruna Cristine Menezes de Castro ficou conhecida como 'Barbie do Crime' após ser condenada por estelionato
Goiânia - Conhecida como "Barbie do Crime", a ex-modelo fotográfica Bruna Cristine Menezes de Castro, de 31 anos, cumprirá a pena por estelionato em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. Bruna se entregou na quinta-feira e conseguiu entrar com recurso.
A nova decisão, assinada pelo juiz Wilson da Silva Dias, da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas de Goiânia, levou em consideração o argumento da defesa, que justificou o pedido de revogação da prisão preventiva em razão da dependência dos filhos menores de 12 anos.

Bruna foi condenada em 2017 a um ano e nove meses de reclusão por receber e não entregar produtos ofertados em perfis falsos criados por ela nas redes sociais.

No pedido de liberdade, a defesa argumentou que Bruna "se apresentou espontaneamente junto à autoridade policial, havendo, também endereço certo e fixo". Bruna estava presa desde a quinta-feira na Casa do Albergado, em Goiânia, mas já deixou ontem o presídio.
"A mesma é mãe de filhos menores e que são dependentes dela, fazendo-se colacionar nos autos fotos-imagens que demonstram o bom convívio familiar, razão pela qual, alega, por fim, que a manutenção em regime prisional mais gravoso é medida extrema e que viola os tratados jurídicos nacionais e internacionais", assinalou a defesa. O magistrado destacou a desobediência de Bruna em relação à pena, mas concordou com o argumento da estelionatária. "Todavia, e não obstante o histórico de reincidência no descumprimento das condições legais e judiciais da pena restritiva de direito desde 2017, aliada as nove audiências de justificação frustradas, por ato exclusivamente da réu, inclusive por estar em local incerto e não sabido, não posso fechar os olhos para o fato de que a sentenciada é mãe de dois filhos menores de 12 anos", afirmou o juiz Wilson da Silva Dias.

O caso
Bruna, com 25 anos, criava perfis de lojas inexistentes e oferecia produtos nacionais e importados a preço baixo. Ela exigia o pagamento antecipado das vítimas e não entregava os produtos, apurou a Polícia Civil.
De acordo com a Polícia Civil, pelo menos de 100 pessoas teriam relatado o golpe aplicado pela ex-modelo, mas nem todas resultaram em indiciamento por causa de desistência ou inconsistências em provas. A prisão da mulher ocorreu em 11 de agosto de 2015. A suspeita conseguiu liberdade, sendo condenada em 2017 a penas alternativas, que teriam sido descumpridas pela ré.

Mas, a desobediência na prestação de serviços comunitários fez a Justiça expedir anteontem um mandado de prisão preventiva.
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